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Decoração, Mi Casa Su Casa
27 fev 2022, 4 comentários

Mi Casa, Su Casa – Pé direito

Pé direito? Alguns termos são um pouco estranhos, como esse, ou o peitoril. Mas tenhamos modos: Como vocês estão Fufus? Por aqui, muito trabalho, muita casa nova saindo, tanto que falhei aqui no último domingo e já tem duas semanas que não apareço no Instagram. Meta da semana: Organizar isso. E como está sendo 2022 por aí?

Hoje quero falar sobre o tal “pé direito” que é a distância entre o piso acabado e o forro, independente de ser madeira, gesso, pvc ou laje. Fim do post. hahaha

Na verdade quero aproveitar para explicar alguns pontos que eu particularmente analiso quando estamos projetando espaços.

Para comércio, sempre quanto mais alto o pé direito melhor. Traz imponência, sensação de grandeza, fica ryco mesmo mas, também é necessário que haja uma boa proporção. Não adianta tem um espaço pequeno e muito alto. O que acontece muito em banheiros e lavabos, parece que a gente caiu em um poço.

Se você estiver construindo, comprando imóvel, reformando o seu, vamos de pequenas dicas sobre esse diferencial que quando bem aplicado, rende conforto, beleza e valoriza seu imóvel.

Primeiro que, existe legislação. Como sempre ela te diz o mínimo, na maior parte do Brasil, devido ao calor, a legislação pede a altura mínima na faixa dos 245cm, sendo que abaixo de vigas pode ser 230cm.

Para quem não sabe o que é uma viga, ela é parte da estrutura, é uma coluna deitada, na verdade ela é o que amarra duas colunas evitando que ela briguem e se afastem derrubando o prédio. É muito fácil de entender quando estamos num estacionamento. Pense nisso como o “esqueleto” de uma casa.

Em locais frios, como muitos países da Europa, é normal termos pé direito de 230cm na casa toda, e o motivo é simples: Aquecimento. O calor sobe, então é mais difícil e caro aquecer locais com uma altura muito grande. Pelo mesmo motivo no Brasil e em países de maior calor como grande parte da Austrália procuramos construir espaços onde o calor fica bem mais alto do que nossas cabeças.

E aí aquela sala dos sonhos, com pé direito duplo, vista para o mar (não Omar o vizinho turco bonitão)?

Se você pode ter essa sala com todo esse espaço, aproveita e investe também na energia solar. Porque isso tudo precisará ser climatizado, e a sensação de riqueza também está aí, em poder aquecer e refrigerar isso tudo.

Pensando em eficiência energética, em consciência ecológica, sustentabilidade (chame como preferir), costumamos fazer ambientes sociais entre 300 e 320cm livres. É imponente e confortável, não chega a ser opressor, porque alguns locais dão essa impressão também, dependendo das cores e mobiliário.

Pensando em áreas de serviço e armazenagem podemos trabalhar com algo entre 280 até uns 260 em depósitos e garagens. Um local que muitas vezes é integrado com a sala e merece uma atenção é a cozinha. Se a sala estiver integrada com a cozinha e mantermos 320cm de pé direito, a coifa terá 150cm de pescoço o que fica generosamente deselegante. Se for o modelo de ilha então é desesperador, parece que o eletro caiu do vizinho de cima.

Quartos e banheiros não ficam aconchegantes quando são muito altos. Outro ponto a se analisar é que um guarda roupas com 400cm de altura não funciona, visto que acima de 250cm você precisa de uma escada para alcançar a porção superior (e ele terá emendas pois as chapas de mdf tem 275cm). Costumamos projetar quartos com 280cm para ter fechamento sobre os móveis e deixar tudo embutidinho. EU pessoalmente prefiro uns 300cm de pé direito e o guarda roupa solto, acabando em 250-260cm. Mas a maioria das pessoas não gosta. Olha como fica o armário solto:

Então pé direito é lindo, mas quando usado com parcimônia ele proporciona maior conforto psicológico, além de eficiência energética para sua casa.

Beijão e não comportem-se, é carnaval!

Comportamento
Chora Que Eu Te Escuto
25 fev 2022, 21 comentários

Chora Que Eu Te Escuto

Hoje o Chora é dedicado aos cunhados e cunhadas! Vamos lá?

Chora 01 – Cunhada

Boa tarde! Estava pesquisando na internet, dicas pra me ajudar a lidar com essa situação que vou relatar agora, até que achei alguns desabafos em seu site e achei valido pedir uma opinião de uma pessoa de fora.
Então vamos lá: namoro a 5 anos e após alguns anos de namoro, comecei a perceber, uma relação em que minhas duas cunhadas (para ficar mais fácil de entender, cunhada A e cunhada B) eram super folgadas com o meu namorado (não somente com meu namorado, folgadas com todos, mas o caso que vou relatar é em relação ao meu namorado). Ele e a cunhada A dividem uma pequena empresa, onde no começo do namoro o carro que meu namorado tinha era para uso pessoal e também da empresa, minha cunhada tinha o dela somente de uso pessoal, e a empresa tinha seu próprio carro para uso também, então a empresa teria dois carros para serem usados, até aí ok. Chegou certo momento em que meu namorado quis trocar de carro, e o que ele escolheu não serviria mais para as necessidades da empresa. Desde esse momento, minha cunhada B que não é sócia da empresa, resolveu sair da casa dos meus sogros, ela já é a muito tempo independente e ganha super bem, mas mesmo assim, levou o carro dos meus sogros junto, para os mesmos não ficarem de apé, o carro da empresa foi emprestado até a bonita resolver devolver o carro, isso já faz mais de 6 meses, e promessa é sempre de que nesse mês ela vai comprar um carro e devolver o dos pais, o que nunca acontece. Agora vem o que deixa muito revoltada, o novo carro do meu namorado é um carro de passeio e uso pessoal, deveria ser pelo menos, mas como o carro da empresa está emprestado para seus pais, em virtude do que relatei acima, o carro do meu namorado está servindo como carro de carga e sendo usado todo dia para funções da empresa(funções essas que incluem principalmente entrega de grades volumes de mercadoria). Como se não bastasse isso, a cunhada A que é sócia e mora praticamente ao lado dessa empresa começou a vir trabalhar apé, o que não acontecia antes, então além de meu namorado deixar o carro a disposição da empresa o carro também fica à disposição da irmã para usar a hora que quiser e nem sequer pede se pode, simplesmente usa (já presenciei essa situação mais de uma vez). 
Outro fato é que todo santo dia meu namorado abre a empresa, e na maioria dos dias também fecha, quando precisei que ele saísse alguns minutos antes, a resposta foi sempre a mesma, não podia porque precisava fechar a empresa porque a cunhada A ia sair mais cedo, ele também trabalha todo sábado o dia todo e minha cunhada A fica de folga.Então comecei a questiona-lo o porquê disso, e pasmem, ele não acha que elas sejam pessoas folgadas.
Já tentei conversar várias vezes com ele, o que sempre acaba gerando uma briga, para que ele aprenda e dizer não e a se impor, a tentar apenas conversar com a cunhada B, para que a mesma compre logo um carro e devolva o dos seus pais, para que assim o carro da empresa possa voltar a ser usado na empresa. Já conversei com ele para conversar com a cunhada A, para que ela use seu carro, já que ela deixa estacionado em casa e todo dia usa o do meu namorado, para assuntos muitas vezes pessoais, sendo que se fosse necessário ela poderia buscar o carro dela em casa, já que ela mora praticamente ao lado da empresa. Às vezes acho que sou um pouco egoísta nessa história, mas não consigo ver as pessoas abusando da boa vontade dele e ele achando isso normal.

É revoltante? É, é sim. Mas pra quem é de fora. Pra eles está tudo certo e funcionando ok, então, se o maior lesado nessa história não reclama e acha que é normal, é assim mesmo e ponto final! Não tem que se meter. É coisa de família e enquanto isso não estiver te prejudicando, ou enquanto seu namorado não reclamar, não tem o que fazer. Cada família funciona de uma forma e se estão todos de acordo, that’s it!

Chora 02 – Cunhado

Cony, como vai? 
Tenho um dilema e quero um conselho, por isso estou escrevendo pro CHORA.
Minha questão é a família do marido. Acontece que tenho presenciado muitas “agressões” do irmão do meu marido com a esposa dele. Ele é divorciado e iniciou um segundo relacionamento (não são casados, mas é como se fosse) com uma pessoa que é muito bondosa e simples, personalidade muito diferente da dele. Ou seja, ela não reage a nada do que ele faz, aceita tudo literalmente de cabeça baixa. Eles tem 2 filhos pequenos. 
Ele a fez sair do trabalho pq segundo ele “o dinheiro que ela ganhava era tão pouco que não pagava nem a escola das crianças, por isso ela devia ficar em casa”. Tudo que ela faz tem que pedir autorização e dinheiro pra ele. 
Eu já presenciei brigas deles em que ele a mandava “calar a boca”, dizia que ela não estava na casa dela pra fazer o que quisesse, que era pra se juntar com pessoa X porque ela merecia era lixo. Enfim, agressões psicológicas e morais em geral. Eu sei que em briga de casal pessoas de fora não devem se meter, mas do meu ponto de vista, é clara a violência psicológica e financeira que ele comete contra ela. Me parece eminente que a agressão física ocorrerá no futuro. E cabe ressaltar que a bebida alcoólica está sempre presente no cotidiano deles. Pra mim é inadmissível que uma mulher que vive no século 21 não reaja a este tipo de agressão, portanto fico tendenciosa a defendê-la. Mas não tenho certeza se ela quer ser defendida e mudar esta situação. 
A minha dúvida é: devo me meter e defender uma mulher das agressões e da incerteza desse futuro ou ficar quieta no meu canto e não gerar stress com a família do boy? E como fazer isso?

Sou sua fã Dino e adoro seu trabalho! Obrigada por ser tão fantástica! Abraços!

Olha, complicada a situação… Eu tentaria ficar amiga dela, fazer ela se abrir, entender o que ela sente, se ela está bem, se ela percebe que está sendo agredida, porque, por mais incrível que pareça, tem gente que não quer ser ajudada ou tem relacionamentos que tem um nível de “agressão” (e deixo isso bem entre aspas aqui, não estou falando de agressão física, pelamordedeus) que os casais acham ok. Eu já cansei de ver casais próximos se xingando de uma maneira que EU jamais aceitaria. Mas eles aceitam, vivem assim e são felizes. O negócio é entender como é a relação deles, porque de fora a gente pensa muita coisa, mas só quem tá dentro sabe onde o sapato aperta. Dá vontade de intervir? Dá. Dá vontade de dar uma sacudida na moça? Dá. Mas se fosse assim, a gente sairia falando pra um monte de amiga separar. Fica amiga dela, fica próxima, escuta o que ela tem a dizer e SE ela tem algo a dizer. Mas observe, se um dia ela der sinais que precisa de ajuda ou se você presenciar agressão física, amiga, aí é voadora no cara de certa! Ah, e converse com seu marido, veja o que ele acha disso tudo, se ele vê o que você vê!

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