Futilish

Chora Que Eu Te Escuto

Longas férias do Chora hein? Mas tenho recebido poucos casos e então dei uma segurada no restinho que tinha guardado. Não deixem o Chora morrer! Mandem seus desabafos, dúvidas, angústias para constanza@futilish.com e no assunto coloque CHORA QUE EU TE ESCUTO. Vejamos o que temos pra hoje!

Chora 01 – Chuva

Oi Cony, sou leitora dino e apesar de não interagir super leio seu blog (única news q eu assino) e acompanho seu trabalho bem de pertinho pq vejo em vc uma mulher que podia ser minha amiga. Seu estilo de vida é parecido com o meu, acho suas dicas ótimas, bem pé no chão, e adoro seus conselhos no Chora, sempre têm tudo a ver com o que eu diria então resolvi escrever e saber sua opinião numa coisa q ta me afligindo. Tenho um namorado 15 anos mais velho q eu amo e que me ama. Nos conhecemos há mais 20 anos e desde lá gostamos muito um do outro (nos amamos mesmo esse tempo inteiro) mas não conseguimos engrenar nada por conta de outros motivos. Pra dar um overview sobre ele, entendo q a diferença de idade pareça “muito” para algumas, considerando q eu to na casa dos 40, ele é um homem suuuuuper interessante, jovial, cabeça aberta, trabalha, faz doutorado, tudo super azeitado no sexo, enfim, não tem coisa ruim ou ponto negativo q mereça realce. Mas ele é um cara q qdo a gente diverge ele amarra a cara, fica o dia inteiro sem me procurar. Do meu lado, eu admito q sou uma pimenta ardida. Não sei se pq fico muito ligada nas questões feministas, em não me deixar oprimir pelo “patriarcado” (mt longe de ser uma “feminazi” mas sou ligada) e pq acredito na igualdade entre os sexos, aquele lance de dir iguais etc, eu não fico calada qdo não gosto de alguma coisa. Falo q não gostei. Poucos minutos depois q eu desabafo eu já esqueço, fico de boa, e.. procuro ele pq penso no tudo q caminhamos pra conseguirmos ficar juntos enqto ele, por sua vez, tá lá pistola lá “curtindo o bode”. Resultado, não conseguimos nos entender “rápido” nesses momentos. Ele acha q eu “começo” a confusão e eu acho q ele estende além do necessário.   Eu o amo de verdade, sei q ele tb me ama mas nessa hora, enqto estou procurando e ele diz q precisa de tempo pra “digerir” eu juro q penso em largar ele. Chutar o balde, fico recapitulando  pra mim mesma q não vou morrer por estar sozinha, q minha vida é muito boa, q tenho meus interesses, q vou viajar, procurar as amigas, essas coisas. Mas eu quero ser feliz com ele. Ele fez muitos movimentos reais pra possibilitar q a gente namorasse agora, e eu fiquei um tempão sozinha “esperando” q ele percebesse isso (q eu tava livre, q ele podia ‘vir”), valorizo esse relacionamento como nunca valorizei nenhum outro, sobretudo valorizo ele, mas não sei como lidar, não sei como mudar isso. Por conta da pandemia eu parei a analise e to aqui precisando de uma luz imparcial pra tentar me desviar desses momentos ruins e fazer isso tudo fluir melhor. O q vc acha, hein? “

Gata, quando um não quer, dois não briga. Se você gosta dele, ele é bom pra você e o problema é a pirraça, deixa ele pirraçar sozinho. Deixa falar, brigar, mesmo que você não concorde com uma palavra que ele fale no momento da discussão, deixa entrar por um ouvido e sair pelo outro! O stress não vale a pena… Mesmo porque você esquece tudo rápido, então pra que dar corda! Pensa nisso! Pelo seu relato tem muito mais prós do que contras… abstrai as sandices que ele possa te dizer e vai ser feliz.

Chora 02 – Brisa

“Cony, obrigada por esse espaço! Meu chora: sou uma pessoa feliz, sou bonita, inteligente e independente. Porém eu sofro muito por ciúmes. Mas não é um ciúmes normal, do tipo que desconfia, ciúmes do marido com as amigas dele, ciúmes dele ir para um bar sozinho etc. Eu me sinto mal até se ele seguir uma atriz bonita no Instagram, por exemplo. Não aguento pensar que ele está admirando outras mulheres, não aceito que ele assista pornografia, não consigo lidar com as ex, não me sinto bem se ele convive com mulheres que já ficou, sinto ciúmes das experiências sexuais dele antes de mim, fico o tempo todo imaginando que ele tem um monte de contatinhos, milhões de situações que me fazem mal. Não sei nem se posso chamar isso de ciúmes. Possessividade talvez. Mas me faz MUITO mal, me deixa ansiosa, sinto dor de cabeça, não consigo me concentrar em nada, tenho insônia, enfim, fico doente por isso. No início do relacionamento sou super alegre, amiga, sexo maravilhosa, super moderna, uma ótima companhia. Depois que me apaixono, acontece isso. Não aguento mais. Já fui até ao psiquiatra porque não é normal, eu sofro muito e prefiro não me apaixonar. Já fiz terapia também. Às vezes fico tranquila e depois começa tudo de novo. E eu sou adulta, tenho boleto pra pagar, emprego pra focar, filha pra cuidar. Não posso me dar ao luxo de ficar sofrendo por isso.Eu sou assim há anos e nada resolve.Eu já fiz de tudo que você puder imaginar, mas nunca encontrei uma forma de ficar em paz. São anos assim, fazendo terapia por anos, trocando de terapeuta, investigando infância, tomando remédios, mas não muda. Alguma leitora passa por isso? Pra você ter noção, eu soube que meu ex transou com outra mulher e passei mal. Mas é meu ex, não tenho nada com ele!!! Não consigo entender.”

Menina, eu ia indicar terapia, mas se você já fez, nem sei mais o que pode tentar. Vou te contar meu caso. Eu namorei uma pessoa por 15 anos e era extremamente ciumenta. Lembro que na época passava uma novela com a Giulia Gam que era a louca do ciúmes e eu me achava tipo ela. Nunca esqueci o nome do grupo que ela frequentava – MADA – Mulheres que Amam Demais Anonimas, e não é que ele existe mesmo e até tem site? Vou deixar o link AQUI pra vocês. Então, eu era master ciumenta, igual você, tinha ciúmes até da Rihanna hahahaha, sério, de chorar de raiva porque meu ex achava ela linda. Mas depois eu entendi porque eu era assim. Minha vida, era a vida dele. Eu vivia em função dele, dos horários dele, os meus amigos eram os amigos DELE, só fazia coisas com ele. Ficava sem chão se um dia, por exemplo, ele tivesse um compromisso sem mim. Eu ficava sem lugar, sem saber o que fazer naquele momento sozinha. Em um dos términos (porque era uma relação cheia de altos e baixos) eu fui morar nos USA e lá fiz amigos, comecei uma vida só minha, não sabia o que ele estava fazendo (não tinha nem whatsapp nem insta naquela época, então a gente ficava off mesmo), trabalhei igual burro de carga, vi que eu tinha vida própria, que era interessante sendo apenas eu e que era super capaz de viver sozinha. Quando voltei – e voltamos o namoro – eu tava com outra cabeça, já não tinha ciumes doentio e adivinha? Ele que começou a ter ciúmes, muito, de mim. Se meu relato em algum momento puder te ajudar, acho que se você se der conta que é uma pessoa com vida própria, que tem seu passado também, com amigos separados da turma dele, se você fizer a SUA rotina, cuidar da SUAS coisas, priorizar a SUA VIDA já é meio caminho andado! Foque em VOCÊ e seja segura de você mesma!

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