Como estamos meu povo? Eu tô bem, meio que voltando a vida aos poucos, ainda com medo e ainda sem nenhum plano de visitar meus pais e sobrinho… Contei que virei tia né? Uma misturinha linda de chileno com taiwanesa nascido no Japão. Lindo lindo! Já mostrei no meu instagram e nunca achei que fosse ser uma tia tão babona, afinal, nunca fui muito de crianças. Enfim, nem sei porque tô contando isso hahaha. Vamos pro Chora!
Chora 01 – Chanel
Oi Cony ….nem precisa gastar elogios pra vc né vc e a minha preferida. Meu chora de hj na verdade uma vida inteira. Tenho 43 anos fiz tudo que tinha vontade ao longo da minha vida ….sou independente morei sozinha aos 20, comprei meu AP, meu carro, me formei, pós graduei… enfim sempre independente. Não tinha a intenção de casar mas sempre quis ser mãe. Aos 30 casei, aos 35 minha filha nasceu planejada e muito esperada. Fiquei casada 10 anos e aquela independência depois de 10 anos foi se perdendo junto com meu relacionamento. Fiz terapia e superei voltei a ser eu. Mas deixou marcas profundas.Separei a 2 anos dos quais 1 ano fiquei somente eu minha filha…. comecei outro relacionamento que parecia promissor….mas meu medo de perder toda minha independência reconquistada aliada ao fato de não querer depender de ninguém pra nada está me afastando do meu atual namorado fora que em tudo eu vejo defeito…além disto tem todo o medo de ter outro homem em casa que não o pai da minha filha com tudo o que vemos nos noticiários me deixa sempre tensa… Enfim estou numa sinuca de bico sempre penso não preciso de homem pra me virar e sinceramente gosto mais de estar sozinha neste momento não sei se isso pode mudar mas neste momento queria. E não e fácil começar e terminar relacionamento tendo uma filha pequena…. do tipo insiro alguém na vida dela daqui a pouco tiro isso e injusto com ela.Bem e isto preciso de uma luz!!!Bjs amo vc!
Lindeza minha, primeiro deixa eu te falar uma coisa, PARABÉNS POR SER A MULHER QUE É! Séria, forte, decidida, independente, firme. Você está sendo o melhor exemplo pra sua filha! Isso é mais do que suficiente para você se orgulhar de quem é e para saber quem você vai permitir entrar na vida de vocês. Todos seus medos são compreensíveis mas não permita que eles te impeçam de ter uma vida feliz e um novo companheiro ao seu lado. Volte pra terapia, tente aliviar esses bloqueios e entender até onde você pode ir e o mais importante, o que você realmente quer neste momento. Ninguém precisa de outro alguém pra ser feliz, mas quando encontramos o companheiro certo, é muito bom! Só que para isso temos que estar preparadas para deixar uma pessoa se aproximar e deixar os sentimentos despertarem da forma mais natural possível. Seja seu termômetro, saiba bem o tipo de pessoa que você desejaria ter perto de você e da sua filha e saiba dosar o seu entusiasmo inicial.
Chora 02 – Prada
Ei Cony e leitura dos Futilish, queria uma opinião sincera sobre o meu Chora. Tenho 30 anos e há 4 anos moro com o meu namorado (33 anos). A situação é a seguinte, quando nos conhecemos eu estudava para concursos públicos e ele me bancou durante todo esse tempo. Pagava absolutamente tudo. Tínhamos uma vida bem confortável. Nada a reclamar. Fui aprovada no concurso e nos mudamos de cidade para eu tomar posse. Passou um tempo, o faturamento da loja online dele caiu vertiginosamente, ele se endividou (em parte acho que é por causa da época em que ele bancou tudo, mas ele alega que não é) e o jogo virou. Eu, com meu salário de servidora passei a bancar tudo. E estamos há 2 anos assim. Fizemos uma viagem para a Europa ano passado e uns 90% foi bancado por mim. Sendo que o combinado seria que ele me reembolsaria uma parte. Até agora nada. E eu não tenho coragem de cobrar. Já me pediu dinheiro emprestado depois disso e eu tive que negar. De um ano pra cá comecei a fazer cursos online de marketing para tentar ajudar na loja dele (que é online). Dar algumas ideias, opiniões, cuidar do Instagram até que a loja tenha condições de pagar alguém especializado nisso. Ele manda bem na parte de gerenciar o site. Mas de resto não entende muito bem. O problema é que não vejo esforço algum da parte dele em tentar aprender o que não sabe. Focar no pós-venda, experiência de compra, marketing, mídias sociais, essas coisas. Eu tô me esforçando pra aprender um pouco (pra pelo menos a gente tentar se virar) e ele nada. Sabe o que o bonito faz o fim de semana todo? Fica na frente do computador jogando online DOTA com os amigos (inclusive está fazendo isso nesse exato momento ao invés de limpar a casa). E durante a semana joga das 18 às 20h. Isso tem me irritado MUITO, mas MUITO MESMO. Temos coisas mais importantes para fazer como manter a casa organizada (sempre está um caos) ou focar em tentar melhorar a loja virtual (que está começando a melhorar desde o início da pandemia). Já tivemos brigas por causa disso. Se ele gosta de jogar ok, joga 1 ou 2 partidas. Agora passar um dia todo na frente do computador, como um adolescente jogando? Ele argumenta que estou tentando tirar o “lazer” dele. Eu realmente acho esse negócio de jogo coisa de adolescente e extremamente inútil, mas se ele gosta… paciência. Às vezes acho que ele se acomodou por eu estar bancando tudo agora. Sei lá. Essa história toda está me dando um desgosto danado. Coração apertado, sabe? A postura dele não condiz com a ideia de companheiro que sempre busquei. No início do namoro ele havia dado um tempo no jogo. Voltou de 1 ano pra cá. Um abraço Cony e obrigada por esse espaço tão precioso.
Mulher, ainda bem que Leo não é desse time que curte videogame, mas vou te falar que é bem comum em adultos viu? Olha só, acho que você tem que conversar com ele. Tem que ter coragem de cobrar o que ele te deve, tem que ter coragem de falar o que está sentindo. Se a gente não fala, o outro não entende, as vezes nem sabe o quanto isso está te chateando. Acho que ele jogar não é o pior dos problemas, desde que trabalhe e tente fazer o negócio dele andar. Agora, se ele está deixando de trabalhar para ficar jogando, aí sim é um problema. Converse com ele, em bom tom, com calma, fale dessa situação angustiante que você está e o quanto isso te deixa insegura em relação ao futuro. Agradeça pelo tempo que ele te ajudou, valorize isso mas peça pra ele ser mais promissor quanto ao futuro de vocês. Mas sempre numa conversa calma e tranquila. Se perceber que vai ficar nervosa, gritar, brigar, pare e deixe pra outro dia.
Chora 03 – Gucci
Cony,
É com muita tristeza e choro que escrevo esse chora. Eu que uma vez enviei um chora sem nexo nenhum pq minha vida estava uma confusão e me dopei de remédio.
2019 foi um ano de perdas. Perdi tio e avó (ambos próximos) de câncer e estava em um momento que não parava de viajar a trabalho então não estive presente durante a fase difícil de ambos durante o câncer e me culpo por isso. Após essas perdas, BH não me cabia mais. Tudo me lembrava minha história inteira com minha avó, estava desmotivada no trabalho pois perdi esses momentos finais por conta disso e resolvi com meu noivo que iríamos tentar uma vida tranquila no interior.
Ele conseguiu transferência e eu um novo trabalho no vale do aço. Escolhemos aqui, pois meu cunhado mora aqui, então teriamos uma rede de apoio e meu noivo poderia ficar perto do irmão e sobrinhos. Tudo isso aconteceu em dezembro. Em março a pandemia chegou com tudo e logo a empresa que eu estava mandou quase todos embora. Fiquei 3 meses desempregada (o que me deixou sem chão, pois sempre trabalhei muito e agora aos 30 desempregada) em uma cidade nova, pela primeira vez longr da minha família e passando quarenta com meu cunhado (são meus vizinhos). Confiei neles, peguei como minha família, mas descobri muita conversa fiada com meu nome, fofoca e fui tirar satisfação. Tudo virou uma grande briga e eu fiquei de saco cheio, já tava puta com meu noivo tb, peguei minhas coisas e fui para a casa da minha mãe em BH (sei que fiz errado, mas precisava sair daquilo). Voltei um dia depois e meu noivo já estava enfurecido comigo. Ele guardou coisas de 4 anos de relacionamento, nunca reclamou de nada e colocou tudo na mesa. Me senti o pior ser humano do mundo, mas daí a empresa me chamou de novo. Voltei (com isso melhorei minha cabeça), ficamos quase um mês dormindo em camas separadas e senti de verdade o que é a solidão a dois. Tudo isso aconteceu em julho.
Nos entendemos, as coisas foram voltando e caminhando bem. Ele insiste pra eu ir me acertar com eles lá, mesmo ele concordando que estou certa. Fiz minha parte de chamar pra convrrsar fui ignorada, mandei mensagem pedindo desculpa pela forma que disse e expliquei o que estava sentindo e fui ignorada tb. Minha concunhada inventou muita coisa que não disse, fofoca, intriga com meu noivo e eu tô numa magoa muito grande disso.
Meu noivo e eu estávamos indo bem, mas de umas 3 semanas para cá estamos uma montanha russa terrível. Acordamos bem, de noite já brigamos. Não conseguimos nos entender, e não estou conseguindo lidar com isso. Estou me vendo cada vez mais carente, solitária e acredito com depressão. Estou fazendo terapia, fiz constelação, tomando remédio, mas minha tristeza é grande.
Hoje conversei com ele a respeito, não teve empatia, não busca ajuda, disse estar cansado emocionalmente (ele está passando por muitos problemas na emprwsa). Nos conhecemos na mesma empresa e sei da pressão, mas ele não consegue deixar fora de casa. Todo dia chega agitado, estressado. Eu fico esperando ele parar para termos a hora do Netflix. Estou sempre esperando e os momentos que temos juntos é sempre com o celular ali o tempo inteiro.
Ele tem infinitas qualidades. Vejo que tenta fazer de tudo pra me dar do bom e melhor, dividir tarefas e etc… Mas sinto falta da presença. Mas não é física, mas mental, de estar presente comigo.
Fico frustrada com as voltas de viagens dele a trabalho e quando penso que teremos o final de semana pra a gente é uma insistência pra irmos em churrasco, e ele fica puto se quero que ele fique comigo (aqui não existe pandemia parece).
Enfim.. Estou triste, longe da minha família… Ele arruma uma desculpa toda hora para não formalizar nossa situação. A dessa vez é que não estamos bem. Me sinto muito sozinha, decepcionada com ele pela postura que teve com o irmão, decepcionada com a família dele por ter feito o que fez comigo. Meu pai teve depressão anos e me vejo como ele estava. Não sei o que faço. Não queria terminar, mas não estou vendo pra onde ir.
Ir embora significa voltar a morar com mãe, pedir demissão e não sei o que é pior.
Ficou gigante, desculpa por isso.
Sabe o que é pior? É você ficar vivendo uma vida de angústia, tristeza e solidão. Volte já para sua família! Nitidamente você precisa de ajuda psicológica e psiquiátrica, sua cabeça não tá boa amiga… Pare de se culpar por coisas que você não tem culpa nenhuma, por coisas que você não poderia ter mudado, pare de pedir desculpas quando você sabe que está no seu direito, pare de forçar para caber num lugar onde – talvez – você não seja bem vinda. Não sei o que rolou com seu cunhado exatamente, mas você já fez o que tinha que fazer, já foi atrás, já chamou pra conversar, já pediu desculpas e eles nada. Então chega! Se não te dão ouvidos e nem valor, saia daí. Emprego você arruma outro, mas o tempo que você está perdendo aí não volta viu? Se não está da maneira que você gostaria que estivesse, se nem o mínimo está sendo dado a você, se valorize e vá procurar sua paz perto da sua família. Depois me conta o que que deu. E PARE DE SE CULPAR E DE SE DESCULPAR!
- Choras ABERTOS! Mande seu caso, sua angústia, seu desabafo, sua dúvida para constanza@futilish.com e no assunto coloque CHORA QUE EU TE ESCUTO. Seu anonimato está garantido!