Futilish

Chora Que Eu Te Escuto!

A choradeira de quarta passou pra sexta (mas só esta semana) porque estive em SP nos dois últimos dias e logo aparecerei com uma novidade que vocês não tem NOÇÃO! Já conto que é uma colab de calçados e que eu simplesmente AMEI AMEI AMEI tudo o que surgiu na coleção. Gente, vai ficar tão lindo… tenho certeza que vocês vão amar muito! Ai que ansiedadeeeeee!

Bom, vamos chorar, vou por o nome das 3 cidades que estive nos últimos dois dias.

Chora 01 – Birigui

Oi Cony, vou tentar ao máximo resumir a minha história para você e as leitoras…

Era ano de 2016, e eu tinha ido até um barzinho com mais duas amigas, porque uma delas tinha acabado de terminar um namoro longo. Nessa época eu namorava.

Estávamos conversando na mesa do bar, e tudo em volta pareceu ter parada quando o cara de olhos verdes entrou. Nós nos olhamos por uns segundos antes de ele sentar com o amigo na mesa do lado.

Quando fiquei sozinha na mesa ele veio conversar e perguntou se ele o amigo podiam sentar junto com a gente porque o amigo também tinha terminado um namoro. Logo no começo da conversa eu senti que ele hesitou em falar o nome e quando perguntei o que era ele disse: “Vou te contar tudo: eu sou casado, tenho um filho, e minha relação é assim..”. Nós passamos a noite toda conversando sobre uma série de coisas, inclusive sobre nossas relações, e a coisa toda simplesmente fluiu.

No fim da noite, nos despedimos mas não trocamos telefones. Ele atravessou a rua e eu pensei que ia ser a última vez que o veria, porque ele não morava na mesma cidade e ainda tinha toda a nossa situação. E eu só pensei: “É melhor assim”.

Um ano depois eu tinha terminado meu namoro e ele veio falar comigo no Facebook. Falei que não sairia com ele e não me envolveria com alguém na situação dele, e mesmo ele falando que tinha um relacionamento aberto eu neguei os convites dele. Um tempo depois estava em um show e ele apareceu porque viu que eu tinha confirmado presença no evento. Conversamos bastante lá e na hora de ir embora, eu parei pra me despedir de um amigo. Quando saí, ele já tinha pedido um uber. Pedi pra ele voltar e quando ele saiu do carro já veio direto na minha direção e nos beijamos. Ficamos quase 4 horas esperando a chuva passar para ir embora, conversando e nos beijando.

Saímos mais algumas vezes e conversávamos bastante. Sempre que estávamos juntos era muito agradável e tudo fluía. Eu me sentia muito bem com ele, mas paramos o contato depois que ele me disse que ia tentar fazer a relação dar certo com a mulher. Mesmo assim, eu continuei pensando nele e esperando que algum dia a gente voltasse a sair e pudesse ter uma chance. Acontece que eles não se acertaram e acabaram se separando oficialmente. No dia em que ele assinou os papéis saímos pra conversar, mas não ficamos.

Um tempo depois começamos a sair e conversar com mais frequência e ele até me apresentou alguns amigos numa festa. Eu estava muito envolvida e num dia depois de ter bebido muito, fomos pra minha casa e eu falei que o amava. Nessa hora ele simplesmente não soube o que fazer ou dizer, e foi embora. 

Eu fiquei arrasada e me sentindo rejeitava, mas decidi que ia superar e seguir com aquilo. Acontece que um tempo depois eu conheci um cara e nesse meio tempo ele voltou a me procurar, arrependido de tudo. Eu decidi que ia dar uma chance pra viver algo novo e acabei namorando por dois anos. Durante esse tempo, ele volta e meia me mandava mensagens, e eu também pensei nele algumas vezes. Quando meu namoro ficou complicado e recebi uma mensagem dele, achei melhor bloqueá-lo porque tinha medo que aquilo pudesse me influenciar.

Em Setembro desse ano eu terminei meu namoro. Tínhamos muitos problemas e nesse meio tempo eu voltei a pensar nele. Na semana em que terminei ele me mandou uma mensagem pelo Facebook e voltamos a ter contato. Duas semanas depois saímos e acabamos ficando. Ele me convidou nesse mesmo dia pra viajar com ele pra passar o fim de semana e conhecer os amigos. Pensei em dizer não, mas quando vi já estava comprando as passagens. Nos divertimos bastante juntos e foi tudo muito gostoso.

Ele me falou que toda a situação mudou e que as coisas que prendiam ele antes e que não fizeram dar certo não existem mais, mas a ex esposa continua sendo uma figura presente na vida dele por conta do filho, que ele tinha visto o quanto eu tinha feito bem para ele no tempo em que tivemos juntos e que ele não tinha conseguido me esquecer nesses dois anos e por isso sempre entrava em contato. Nesse período inclusive ele chegou a sair com algumas pessoas e até me falou, mas disse que eu fui a única pessoa que ele pensou em se relacionar de verdade.

Agora já faz mais de um mês que estamos nos vendo com frequência e passamos os fins de semana que ele não está com o filho juntos, porém tenho tido um misto de sensações e sentimentos. Quando estamos juntos sempre é muito bom, mas quando não estou com ele fico me perguntando se me deixou envolver novamente, achando que posso correr o risco de ele um dia fazer a mesma coisa e ir embora quando ver que sinto algo maior por ele, ou que talvez ele volte a sentir algo pela ex já que eles convivem com bastante frequência. A verdade é que eu me sinto completamente apaixonada por ele, e isso tem me paralisado. Duas vezes já saí de casa decidida a falar que não nos veríamos mais, mas quando conversamos ele sempre busca me confortar e falar pra eu dar uma chance, acreditar nas coisas e aproveitar o momento. 

O problema é que volta e meia passa na minha cabeça um filme de tudo o que já senti por ele e quando não estava mais com ele, e não sei se eu me arrisco e dou uma chance pra viver tudo isso, ou se “corto o mal pela raiz” antes de acabar ainda mais envolvida.

Eu amo usar esta frase: FALAR, ATÉ PAPAGAIO FALA. Cara confuso, complicado, cheio de idas e vindas, não se decide, e ainda usou o papo de casamento aberto pra te convencer a ficar com ele. Miga, acorda né? É OBVIO que ele vai fazer o mesmo com você. E outra coisa… quando um homem realmente quer ficar com uma mulher, ele fica e não sai mais do lado. Preste atenção nisso.

Chora 02 – Araçatuba

Oi Cony, tudo bem? Sou sua leitora dinossaura, e já sinto como você fosse minha amiga de anos! Mas sem enrolação, vamos ao chora. Tenho 27 anos, conheci meu marido aos 21 e me formei em medicina aos 24. No momento, estou terminando a minha especialização. Tenho um relacionamento estável com um homem que eu amo, um apê bonito e um carro legal. Seria tudo o que uma mulher poderia querer, mas… Há algum tempo eu coloquei na cabeça que queria revalidar meu diploma e emigrar. E aquela vontade de algo mais da vida além de ser “another brick in the wall”, sabe? Queria poder trabalhar menos, ter uma vida mais simples, porém, digna. O que aqui no Brasil é bem difícil. Já tinha o país em mente, me informei, e o processo obviamente não seria fácil. Mas seria algo que eu me empenharia para fazer, sabe? Eu sempre fui a filha perfeita, fiz tudo o que era esperado de mim. Minha família não tinha dinheiro, estudei em escola pública, fiz cursinho com bolsa e só pude fazer medicina porque passei numa federal. E acho que se eu largasse tudo, mataria meu pai por dentro, porque o maior orgulho dele é o que eu consegui, já que ele não foi bem sucedido na profissão dele e sempre depositou todas as expectativas dele em mim. Eu até gosto do que eu faço – às vezes. Mas acho que certamente dá pra GOSTAR do próprio trabalho, e não estar só ok com ele. E o outro porém é que meu marido não quer largar a estabilidade que ele tem também. O país para onde iríamos tem boas oportunidades na área dele, mas ainda assim ele é extremamente racional e não quer tentar. Eu o amo e não largaria dele para me mudar, eu fico vendo o pessoal se f* com os embustes por aí, e eu consegui um homão da porra. Mas sempre fica aquela sensação de que eu tô tipo Carolina vendo a vida passar na janela e não ter feito nada SÓ por mim. Já pensei em passar um tempinho fora, sozinha, mas ainda assim me sinto mal de deixar ele aqui. Não é falta de confiança. É só porque se eu casei, nós somos uma família né? E esse tipo de decisão tem que ser tomada em conjunto. Ou pode ser só porque nunca tive essa oportunidade mesmo e fico sonhando. Só agora tenho meu dinheiro e consigo me dar alguns luxos, nunca fiz intercâmbio ou viajei sozinha. Sei lá, mil coisas, rs. Sei que preciso de uma luz de alguém que está de fora, amigas e familiares acabam sendo tendenciosos. Estou sendo egoísta? Ou podemos acabar encontrando um meio termo? Um beijo, Cony! 

Casou né miga, agora guenta. Realmente não dá pra botar a mochilinha nas costas e tchau vida. Se ele não quer ir acho que deveria repensar essa vontade sua, afinal não é namoro… é casamento e casada com um homão da porra ainda por cima, como você mesma disse. Coloque na balança… tem sonhos que existem apenas para serem sonhos, ou ainda, tem sonhos que você pode realizá-los de maneiras diferentes… Vá fazer um curso fora, coisa de 3 meses, vai sentindo o que é morar fora e o que é ficar longe do marido. Daí você terá mais clareza do que realmente você quer e o que realmente vale a pena.

Chora 03 – Campinas

Cony, sempre tão linda e sensata!
Quero pedir sua ajuda e das leitoras. Meu caso é assim: namoro há 2 anos um cara que demonstrava todo o amor do mundo por mim até o meio desse ano. Queria me ver sempre, era preocupado com nosso relacionamento, pedia feedback, passeávamos, me chamava pra tudo, até pra ir comprar uma peça pro carro com ele. Maaaaas, tudo mudou depois que ele trocou de emprego, ficou super “atarefado”  e começou a se aproximar de outras pessoas tbm. Digamos que essa mudança de emprego o tornou alguém mais popular na família e entre os amigos, sabe? Eu também arrumei um emprego, logo em seguida, pois até então só estudava. Pois bem, ai começou meu tormento. Pensei que a ausência dele seria só durante um período de adaptação, mas não. Posso dizer que meu relacionamento esfriou TOTAL em tudo. Presença, sexo, planos p futuro, atenção, carinho. Meu namoro se resume em voltar com ele da faculdade quando os horários coincidem (3x na semana) – e nesse momento acabamos de entrar de férias, então até isso acaba –  e no carro sempre está exausto e estressado com o trânsito. Moramos super perto e não nos vemos de final de semana há um mês. Antes eu mandava mensagem no whatsapp de manhã, coisa simples, pergunta boba, e ele respondia a noite. Agora não conversamos pelo whatsapp de jeito nenhum. No começo dessa turbulência ele chegou a falar que estava se sentindo muito mal por estar tão frio e distante de mim, que reconhece que não está dando e sendo o namorado que mereço, principalmente em uma fase em que estou tão legal, alegre e que sente muita saudade e ia mudar. Quando ouvi isso, fiquei até contente, pois pelo menos reconhecendo a situação ele estava. Mas o mês passou e não vejo NENHUMA mudança, nenhuma tentativa por parte dele de se fazer presente. Depois que comecei a trabalhar e ser totalmente independente de todo mundo, chamei ele várias vezes para jantares, passeios, cinema, viagens e nunca recebi um sim. Ou ele diz que não quer ir ou tem outro compromisso. Ganho mais do que ele e chego a pensar que isso pode incomodá-lo, pois antes não era assim. Nossa, quantas vezes viajamos e passeamos e ele pagou tudo, mas é só eu falar que estou com vontade de fazer algo e chamá-lo que logo diz que não está a fim, não tem dinheiro (mesmo sabendo q posso e vou pagar) etc. Pode ser que não esteja relacionado ao dinheiro, mas que minha atual independência e modo de viver o tenha deixado meio balançado, pois até então eu não era “nada”. Tudo que conquistei foi com muita luta e nesse último semestre acabei me tornando uma mulher que sempre quis ser, ajudo meus pais, meu irmão, estudo bastante, faço aula de dança, cuido do corpo e alimentação, quando ele não topa uma viagem eu vou sozinha, leio muito, converso com todos e sou bem mais estável e calma agora. Arriscaria dizer que ele não quer mais namorar, mas não vejo motivos p segurar essa decisão por tanto tempo. E até que de uns dois dias pra cá, depois que eu decidi me afastar, ele começou a mandar mensagem, ficar rondando, fazendo perguntas, até me chamou p correr, essas coisas, mas acabei recusando pq de fato já tinha outras coisas marcadas p fazer. Uma observação: quando viajo sozinha ele se divide em perguntar se conheci alguém na viagem OU dizer que está super feliz por mim e aquela coisa toda. Até quando tem alguma festa ele diz “pq vc não vai com seus amigos?”. Fico confusa pq nao sei se ele está dizendo por desapego mesmo ou se está fingindo não estar nem aí.

Enfim, estou angustiada, não quero ficar de blá blá blá no ouvido dele pois acho que não vai resolver, ele não é doido e como disse acima, percebeu como o namoro estava horroroso. Não quero ser a pessoa q fica falando, implorando, me humilhando, reclamando, entende?  Não queria impor nada, queria q ele percebesse e começasse a se esforçar para voltarmos a ser companheiros. Ou simplesmente conversasse dizendo que não dá mais. Gostaria da ajuda e conselho de vocês. O que devo fazer? O que vocês fariam?

Miga, seu namoro acabou e você não percebeu. Pode ter acabado por N motivos… ele pode ter conhecido outra, ou tá empolgado pelo novo momento da vida, ou até deixou de gostar mesmo. Mas no fundo no fundo, qualquer que seja o motivo, não interessa… Mantenha a dignidade aí, respira fundo e se ainda não tiver terminado, pense em concretizar isso logo. Não temos tempo a perder!

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