Choradeira a vistaaaaaa! O que será que acontece na vida dessas mulheres??
Caso 01 – Gabrielle
¨Olá Cony! Não sei se minha história vai ser publicada ou não, pois envolve um tabu: drogas.
Mas vamos ao fatos… Tenho 22 anos e namoro há 4, com um cara 5 anos mais velho, que é o sonho de qualquer mulher.. sempre foi atencioso, carinhoso, educado, fiel e de conversa boa. Aquele cara que passa confiança, sabe? Nos conhecemos por Facebook, ficamos conversando por chamada de vídeo no MSN por uns 3 meses, e nunca dava certo de nos encontramos. Numa das nossas conversas, ele me revelou que era ex usuário de cocaína e que havia saído de uma clínica de reabilitação havia quase 1 ano. Por causa disso, ele também não estava trabalhando e nem estudando, pois ele ainda estava em tratamento, só que em casa, e me contou porque não queria esconder isso de mim. Na hora, assustei.. JAMAIS imaginaria isso dele, pelo jeito sabe? Tola.. nunca participei desses grupos de amigos que utilizavam qualquer coisa do tipo, nunca fumei, e bebia só em festas, não entendia absolutamente NADA desse mundo. Enfim, senti confiança nele desde o começo, e essa revelação só me confirmou isso, e assim que eu aceitei essa condição, combinamos de nos encontrar.
Resumidamente, nos encontramos na praça do condomínio dele, pois no dia tinha uma festa do meu último no do colegial na casa de um professor e ele não saía muito. Ele foi super fofo, me deu beijo na testa e ficamos um tempo conversando. Enfim, da praça, fomos pra casa dele, e no primeiro dia que o conheci, já conheci o pai, madrasta e os dois irmãos que tinham acabado de nascer, tudo num dia só! Depois disso, rolou um beijo e vimos que tudo que a gente havia sentindo era real. Começamos a namorar, ele foi minha casa no outro final de semana e conversou com o meu pai.
Um ponto complicado é que nossas famílias são opostas… a minha é mega tradicional e correta, jamais aceitariam ele sabendo do problema.. e isso segue, até hoje eles não sabem. Já ele, tem os pais são separados, o pais casou novamente e teve 2 filhos e a mãe foi morar com um cara, enquanto os meus são casados há mais de 20 anos. Meus pais sempre foram rígidos com a minha educação e com escola, já ele os pais nunca foram em uma reunião escolar e só eram preocupados em ganhar dinheiro, pois o dinheiro “comprava” a educação do filho.
Anyway… os anos se passaram, ele saiu da casa do pai para morar com mãe. Pouco tempo depois ela foi morar com um cara, e ele teve que morar sozinho. Ele entrou em uma empresa e foi o melhor funcionário por 1 ano, voltou a faculdade e também sempre foi um dos melhores alunos.. Ele é o tipo de pessoa que começa mil coisas, e não termina nenhuma, mas quando faz algo pra valer, é o melhor (e isso não é babação de ovo de namorada). Eu fiz cursinho, mas decidi fazer faculdade na minha cidade, comecei a estagiar e fui efetivada. Minha vida mudou completamente, apesar de sempre ter sido consciente das minhas responsabilidades. Mudei como pessoa, amadureci como pessoa e no namoro.
Nesse tempo todo, ele estava limpo. Há 8 meses, por causa de uma amizade no trabalho, ele recaiu. De imediato, não percebi e ele não me contou. Mas o nosso namoro foi mudando MUITO! Ele me evitava dia e noite, a relação esfriou… até que ficou óbvio pra mim que algo estava errado, e que era a droga. Todas as vezes que o questionava, ele negava… Até que um dia ele me revelou, procuramos neurologista e psicóloga para que ele não precisasse de voltar pra uma clínica e se tratar aqui fora. Fui do céu ao inferno. Conheci o pior e o melhor do amor. Ele teve algumas overdoses, entrou em depressão, perdeu o emprego pois não conseguia mais cumprir os compromissos de trabalho, tentou suicídio, vendeu roupas, celular, e claro.. até pegar dinheiro da minha carteira pegou. O pai dele, simplesmente mudou para outro estado com a nova família, pois havia arrumado um emprego lá, a mãe não o aceitava na casa dela com o cara, e era eu que convivia com ele a maior parte do dia. E ele sofre com isso, é um menino mimado que sempre teve tudo de material que quis, e nunca teve o amor e carinho dos pais.
Nesse meio tempo, ele tentava largar a droga, e recaía… e assim segue.. Só quem conviveu com um dependente químico adicto sabe como é. Já me senti um lixo, abusada, feita de palhaça, mas hoje sei que é uma doença, não “falta de vergonha na cara” como algumas pessoas pensam. Já presenciei as fissuras, onde ele suava frio e ficava atordoado sem a droga, nos piores momentos. Estourei meu cartão de crédito o ajudando, comprando coisas que ele precisava, porque os pais já não faziam mais isso.
A questão é que depois de tanto tempo, é difícil eu me permitir dar a mesma confiança a ele, tento TODOS os dias salvar nosso namoro, incansavelmente. Não tenho uma amiga que eu possa desabafar tudo o tempo todo, pois é um assunto pesado, e ninguém compreende. Eu também não compreenderia se tivesse vivido isso. Minhas amigas mais próximas sabem do que acontece, mas nunca em detalhes. Faço academia, mas já não me sinto mais feliz, desejada, com vontade de viver. Acredito que ainda não entrei em depressão porque tenho a cabeça muito forte. Mas tem dias que parece que tudo irá desmoronar.
Atualmente, ele está se mantendo bem por quase um mês, mas depois de tudo, sempre espero algo pior. Ah, já separamos e voltamos no ápice de algumas crises, mas nunca conseguimos durar separados. Eu não consigo abandona-lo. Não consigo deixar de cuida-lo. Mesmo que já não tenha forças pra cuidar de mim mesma.
Sei que o assunto é delicado, que pouca gente tem o conhecimento real do que é isso, mas precisava de um canto pra desabafar… Em meio as dores, sigo acreditando que um dia isso irá passar, e terei o meu namorado de volta, pois é isso que me motiva a ficar, quem eu sei que ele é sem as drogas.
Obrigada por escutar o meu chora Cony, sempre acompanho a coluna, e me dá uma força nos momentos difíceis.¨
Gabrielle, imagina se não iria publicar o seu caso!! Muito pelo contrário, acho de extrema importância falar sobre isso e acredito que muitas pessoas passam pelo mesmo problema mas não tem com quem falar! Olha só, acredito muito que seu namorado é realmente uma pessoa boa, por tudo o que você falou dele, como ele te trata e tudo mais. Acredito também que é um homem forte, afinal ficou um bom tempo longe das drogas mas infelizmente teve essa recaída. Você também está sendo muito forte de estar ao lado dele, está sendo muito mulher e realmente não sei o que faria no seu lugar. São sentimentos encontrados: por um lado você perdendo força e sofrendo, por outro, o amor que sente por ele. Sei que ele é um cara consciente, mas quanto ao que fazer sinceramente não sei. Poderia te falar para deixá-lo entregue ao seu vício e você cuidar de você, mas não é tão simples assim né? Sei também que uma conversa não vai resolver… Talvez uma nova internação… Peço ajuda às leitoras que já passaram por isso, que conhecem alguém dependente químico e que dê uma luz pra gente! Te desejo tudo de bom e fé… que as coisas melhorem para os dois, juntos ou separados!
Caso 02 -Donatella
¨Oi, Cony! Adoro seu blog e adoro ler as histórias das leitoras e a sua opinião sobre elas e por isso resolvi escrever, porque preciso resolver esse assunto o mais rápido possível e conto com a sua ajuda e também das outras meninas.. Vamos a ela então.
Seguinte, eu namoro um rapaz à distância, diferença de 2700km =O há um ano. Conseguimos nos ver ao menos uma vez por mês porque ele tem família próximo a minha cidade e ora ele vem ora eu vou. Nos damos bem demais, em tudo, inclusive com aquela certeza (se é que podemos chamar de certeza qualquer coisa no campo sentimental, mas enfim…) de que vamos casar, pois já falamos disso naturalmente, inclusive para família e amigos e já com o ano que vem como “ano do casamento”.
A questão é que agora estou desempregada, estudando e pescando o que fazer para arrumar dinheiro, mas mesmo quando eu estava trabalhando, a nossa diferença salarial era bem grande (algo como eu ganhar um 1/4 do salário dele), mesmo assim, sempre dividimos tudo pela metade (ainda que em diversos momentos eu me sentisse um pouco incomodada com a situação, dada a diferença, ou mesmo que apertasse o bolso pra poder acompanhar.
Só que agora, eu estou desempregada, vivo da minha poupança e aí é que entra toda a situação… Não sei se por falta de sensibilidade, tato ou qualquer coisa que o valha, ele não se preocupa muito em relação a isso, sabe? Algumas coisas ele paga integralmente (locais que aceitam ticket ou datas especiais), mas às vezes que vamos a restaurantes, por exemplo, dividimos tudo pela metade, mas eu já venho segurando as pontas há seis meses e a coisa tá apertando.
Como estou sem trabalho fixo, consigo ficar na casa dele mais tempo, a última vez fui fazer dois concursos no estado dele e fiquei por lá uns 40 dias e em alguns momentos gostaria que ele tivesse sido sensível em relação às minhas despesas, ao menos quando a gente sai (dada a minha situação). Deixa eu dizer que eu sempre fui muito orgulhosa e sempre muito independente (depois que comecei a trabalhar ninguém pagava mais nada pra mim, pelo contrário, passei a ajudar em casa, pois moro com meus pais) e de jeito algum quero que ele me sustente, ou pague tudo pra mim, eu só queria que ele entendesse o momento que eu estou e me oferecesse apoio nesse sentido (fico pensando às vezes que eu queria que ele dissesse algo como: “ah, paga só 1/3 da conta..”), ou seja, eu só quero que as coisas sejam divididas proporcionalmente, apenas isso.
Sei que eu devia falar pra ele, mas eu tenho evitado essa conversa há tempos porque não sei como chegar nele sem parecer interesseira ou coisa do tipo. No fundo eu sei que ele sabe que não sou, pois nunca pedi nada a ele, tampouco deixei de visitá-lo ou presenteá-lo me fazendo de vítima desempregada, a questão somente é que essa situação desproporcional tem me deixado triste demais (o que piora ainda mais o sentimento de fracasso de estar desempregada). E sim, eu também sei que temos apenas um namoro e que, em tese, ele não me “deve” nada.
Sinto que preciso falar pra ele, mas te peço uma ajuda de como eu poderia tocar nesse assunto tão sensível sem parecer o que eu não sou, mas também expondo pra ele a minha situação. Penso que se a gente quer casar ano que vem, ele precisa saber, porque se não quiser embarcar comigo, vai ter possibilidade de pular fora, mas que se ele quiser de fato ficar, vai saber também que eu preciso do apoio dele nisso também pra poder otimizar o dinheiro que ainda tenho e vê-lo normalmente.
O estopim para o meu email foi que encontrei uma passagem num preço “bom” pra ir vê-lo em abril e aí perguntei se ele poderia me ajudar com a volta, aí ele disse: “Claro! Mas parcela também”… Putz, eu quis morrer, mas apaixonada, o que fiz? comprei a passagem de ida.. Algumas amigas disseram que eu não devia ter comprado, mas comprei e dividi em dez parcelas kkkkkkkkkkk¨
Sim, você vai ter que conversar com e ele, e usar as mesmas palavras que usou no mail! Tranquila, realista, sensata. Acredito que ele não se ¨tocou¨ sobre isso ainda, prefiro pensar assim. Converse de boa, um dia que estiver calma, que os dois estiverem de bom humor, fale que tem algo pra falar com ele já há algum tempo, que é um assunto delicado e chato para você mas que chegou num ponto que precisa expor para ele a situação e pedir uma ajuda momentânea. Depois disso, vai observando. O fato que você contou que quando você trabalhava e ganhava 1/4 do que ele ganha e ainda assim dividir as contas meio a meio não me agrada, mas ainda trabalho com a hipótese dele ser desligado quanto a isso ou pensar que você tem mais dinheiro. Converse de boa e depois vem aqui contar pra gente o que deu. Mas ó… observe…
Caso 03 – Miuccia
¨Bom dia Cony! Sou apaixonada pelo blog, e acho seu trabalho MARAVILHOSO. Me chamo Miuccia, e tenho 23 anos, estou cursando o ultimo ano da faculdade de Direito. Aos 18 anos em uma viagem com meu irmão, conheci um amigo dele e passamos a nos envolver. Entretanto ao retornarmos de férias, soube que ele tinha namorada. Mas como estava apaixonada, continuamos nos envolvendo por dois anos, até que ele terminou o relacionamento para realmente ficar comigo.
Certo dia, no nosso primeiro ano de namoro (três anos juntos), passamos a brigar muito, e em todas estas brigas terminávamos, e após alguns dias reatávamos o relacionamento. Mas isso foi me magoando, me fazendo sofrer e ter mais momentos tristes do que felizes ao lado dele. Sempre coloquei as vontades dele em primeiro lugar. Chegamos ao ponto em que ele praticamente coordenava o horário que eu chegava do trabalho e da faculdade, sempre desconfiando. Ele errou muito, mas a ultima aconteceu em Janeiro deste ano, após cinco anos juntos, resolvi viajar de férias com minha mãe por um período e 15 dias. Conversamos, e ele aceitou tranquilamente. Enfim, no meio da viagem descobri que ele estava com outra pessoa, eu retornei e terminei nosso relacionamento. NO MESMO DIA ELE PUBLICOU QUE ESTAVA EM UM RELACIONAMENTO SÉRIO COM A MENINA! Voltei para minhas férias. Mas nossa, sofri tanto, chorei horrores, acreditei que meu mundo iria desabar.
Resolvi prolongar minhas férias, e viajei todo o mês de fevereiro, acreditando que no momento que retornasse para casa seria muito pior. Me enganei. Hoje estou muito bem, feliz, focada nos estudos, curtindo meus amigos como a muitos anos não fazia. E para colaborar nesta semana que passou conheci uma pessoa muito especial, que tem feito tudo para me fazer sorrir ainda mais.
Entretanto, como é a lei do retorno, meu ex namorado quer voltar, está sofrendo pelo erro que cometeu, super arrependido, mas ele me perdeu. Enfim, não vale a pena sofrer por quem não merece, devemos ter amor por si mesmo em primeiro lugar.¨
Nega, mas o que esperar de um cara que traiu a namorada por dois anos com voce? Moleque. Foi tarde esse aí.
- Não mandem mais Choras! Toda vez vou falar isso até acabar com todos os casos que tenho no mail hein!!! Faltam poucos, uns 230 só… hahahhaa brincando. Menos, mas tenho muitos!