Oi Fufu!
Não jogue essa sandália Jimmy Choo nimim!
Eu sumi, eu sei. Larga esse pau de macarrão mulher, tô aqui.
Apesar de eu trabalhar em criação, sou uma pessoa que precisa de rotina. Meus 11 alarmes diários não me deixam mentir. (Sim, eu tenho alarme para muitas coisas, e para me manter no compasso das coisas.) Então quando eu saí de férias, eu mergulhei numa vibe de:
Snapchat (cheio de reclamações)
Séries (cheias de construções)
e orgias (gastronômicas)
Então eu até tentei escrever, mas ficou ruim e chato. Acho que o tico e o teco estavam offline.
Mas o importante é que a vida é linda e vamos continuar saltitando por ela com muita alegria.
Então vamos aproveitar pra aprender mais nesse janeiro de terra puniniquins, verãozão e tudo mais.
A dica é: Pega um guarda sol bem baitola e #vemkotio!
Esta semana eu estava fazendo a especificação de luminárias e modelos de lâmpadas para uma maravilhosa-residência. E conforme a muóda, o momento econômico e os desejos dos proprietários tudo será LED.
E as pessoas acham que iluminação é algo fácil, e acabam simplificando e errando em um dos pontos que mais contribuem para o conforto e a beleza da decoração.
Eu não vou falar de distribuição de pontos nesse post, e eu sei que vocês querem muito esses temas de lumínica, mas calma lá que eu vou falar disso também… só não vai ser hoje.
Quando a gente (eu e você também) eramos crianças o mais comum era utilizar as lâmpadas incandescentes… que pra uma compreendimento simplificado é basicamente uma luz que provinha de um filamento pegando fogo:
Essa luz já foi (em 2012) parcialmente proibida de ser comercializada no Brazeeeel, porque de seu consumo 5% virava luz e os outros 95% virava calor. Ou seja, um grande disperdício. A previsão é de que até o final de 2016 não se possa mais comercializar nenhuma lâmpada deste tipo.
Mas ela também tinha suas vantagens. o IRC ( índice de reprodução de cores ) é considerado de 100% neste modelo. Então as coisas se pareciam muito com o que elas realmente são sob a luz do sol.
A temperatura de cor ( medida em Kelvins ) varia entre 2700k e 3000k que é aquela luz amarelada como a chama de uma vela… Tô falando javanês?
Vamos aproveitar pra falar da temperatura de cor:
Esse tiozinho curioso, o Kelvin, resolveu estudar as luzes, e criou uma escala que vai do âmbar (laranja) até o super branco-azulado.
Para consumidores humanos, ou seja, pra casas e comércios de pequeno e médio porte, encontramos “facilmente” as lâmpadas entre 2700k e 6500k.
Agora vamos falar da sensação.
Sensação…. que estas luzes proprocionam!
Quando a luz é mais amarela, popularmente conhecida como luz “quente” ela traz uma áura mais aconchegante e até as pessoas ficam mais coradas e bonitas. Ficam especialmente boas em áreas sociais e de descanso.
Quando ela é mais azulada, comercialmente chamada de luz “fria” ela deixa os ambientes mais severos e as pessoas mais apagadinhas. Muito eficiente para ambientes de serviços e estudos.
Qual é melhor tio?
A morna, claro! haahhaha A morna é a luz próxima a 3500k e 4000K também batizada como “neutra”. É bem igual aquela tia que não entra nas brigas da familia e não pede dinheiro emprestado, mas também não empresta dinheiro pra ninguém.
Eu costumo fazer toda a base da iluminação em 4000K e em algum pontos, como abajoures, lustres e pendentes usar 2700k e em lavanderias, escritórios, e bibliotecas/salas de estudos, usar 6000k ou 6500k.
Achei uma foto que salvou essa explicação:
Vejam como 6500k 4000K e 2700k fazem toda a diferença!
Na primeira, luz mais fria 6500k , já dá vontade de pegar uma seringa e começar a dar vacida no quadro, na mesinha, nas flores… é muito hospitalar!
A última, 2700k já é mais elegante, porém, dá uma carinha de antigo, mas as cores do quadro, vejam quanta definição! Porém, tem gente que acha que essa cor deixa as coisas meio depressivas, mórbidas e… sei lá. Eu não consigo defender essa teoria porque eu gosto muito da 2700k. Recentemente um cliente VETOU luz amarela em um projeto. Como eu sempre disse: Quem vai morar lá é você, os seus desejos é que tem que ser atendidos. Se não é técnico, se não vai matar nem é perigoso pra ninguém, eu faço ( e quem quer que seja que você contratou deveria fazer) do jeito que você sonhou.
Agora analisem, a imagem do meio, com a luz neutra, já é suficiente para ler um livro, mas também é aconchegante, literalmente: o melhor de dois mundos.
Estas informações estão todas contidas nos rótulos.
Primeiro temos que entender que o “W” dos Watts, são indicadores de consumo de energia. E como aprendemos lá no começo uma incandescente só transformava 5% do consumo em iluminação.
Enfim! Seguimos…
Uns 15 anos atrás, surgiu a “lâmpada econômica”… Que na verdade tem outro nome. Ela é uma lâmpada fluorescente compacta.
Elas custam mais caro que as incandescentes, pois para funcionarem elas têm ali na bundinha (ui!) um reator.
Elas são muito mais eficientes. Por exemplo uma lâmpada Incandescente de 60W (gasta 60W mas produz 3W de luz) pode ser substituída por uma dessas de apenas 15W de consumo, e vai iluminar os mesmos 3W… ou seja, uma BAITA economia. Logo que essas pragas apareceram, só existiam em 6500K que, aprendemos logo acima, é a cor fria. Por isso que o povo (e a póva) brasileiro chamam a Fluorescente Compacta de Lâmpada Fria e associaram a luz-branca-depressiva Elsa-fugitiva com economia de dinheiro.
Aí, os comerciantes/fabricantes/marketeiros tiveram uma idéia ninja! Vamos colocar a equivalência de Incandescente para a Econômica na caixinha.
Tenho CER-TE-ZA que você já comprou uma dessas e pra isso olhou na caixa essa equivalência. Guarde essa informção no sutiã – pode ser no seu, no da esposa ou no da mãe – que eu já continuo nesse gancho.
Aí agora, nos nossos tempos modernos – qua ainda não se parecem em nada com os Jetson´s – chegou o LED.
Esse carinha, que a gente mal conhece, mas já considera pacas, QUASE não desperdiça energia. Uma lâmpada de 7W ilumina os mesmos 3W que ilumina a de 60W incandescente, ou a de 15W da fluorescente compacta.
E assim como da vez anterior, quando evoluímos do pokemon incandescente para a poke-bola-fluorescente-compacta, os fabricantes informam no rótulo a equivalência de Incandescentes em Watts para LED em Watts.
O que ninguém conta pra vocês, meros consumidores, é que o cálculo de iluminação não tem relação com os VáTIS, e sim com a luminância. Isso varia conforme o seu grau de bebedeira, assim como as tonalidas de piso, parede e teto.
Mas de um modo geral, a já idosa NBR-5413/92 diz que:
Isso quer dizer que para quantificar as luzes de cada ambiente, é necessário que se conheça o uso de cada um e que se pesquise – novamente no rótulo – não os WATTS, mas os LUX.
Essa tabela de luminância é por metro quadrado, tá? Ninguém é obrigado a saber tudo de todos os assuntos, então vamos fazer uma simulação:
Digamos que a sua sala de estar tem 4,30 x 4,40… multiplicamos um pelo outro e descobrimos a metragem quadrada: É 18,92m2. que vezes 100 vai dar = 1892 LUX
Pra iluminar decentemente essa área, será necessário 60W de LED, que podem ser distribuídos entre a luz plena, no teto, abajoures e etc… caso só queira ou só tenha um ponto no teto, o legal seria colocar um plafon com 4 lâmpadas de 15W.
Por utilizar a lâmpada “dentro” de uma luminária/lustre e etc, sempre calculamos um pouquinho a mais de luz… e porque com o tempo (e o pó) a lâmpada nem sempre vai estar em todo seu esplendor e exuberância. Essa é só a Globeleza (original) que pode.
Não vou por peitinho e popozão coberto de glitter aqui não. Por mais bonito que seja, uma mulher dessa não precisa.
Mas voltando pra luz, uns 25% a mais do que o cálculo, é o suficiente pra manter a iluminação eficiente.
Quando eu falei das coisas que aprendi em 2015, falei do cliente que queria tudo com rosca… as LED de “Bulbo” que é a lâmpada com o vidrinho redondinho em volta – normalmente são com o encaixe comum aqui em Terras tupinikins.
Agora quero falar desse “ferro” que tem entre a rosca e o vidro. Perceberam? Ele é um dissipador de calor. Porque a luz do LED não esquenta. Aquela coisa que a gente vivia com a dicróica, que você parava embaixo de uma lâmpada e virada um frango de padaria não acontece com o LED. Quem tem loja e já teve uma vitrine, sabe como as antigas queimavam e desbotavam tudo que era exposto. O LED não emite calor no “facho” de luz. Mas a bundinha dele esquenta. E quando a lâmpada não tem esse dissipador a vida útil de 50 mil horas de um LED – que é o que torna o LED mais barato que todas as outras, cái por terra. Então, na hora de comprar, foca no dissipador. Isso eu aprendi lá em Brasília, com o pessoal da loja de materiais de construção.
Aí você, me diz: Tio, mas eu acho as lâmpadas antigas TÃO mais lindas. Poisé Fufu, eu também. Mas algumas fábricas já perceberam essa demanda, e já começou a surgir “LED de filamento”
Pelo que eu vi, não vai ser uma luz super possante, mas apenas de efeito, tanto que elas não tem dissipador. É mais pra fazer uma viadagem mesmo. Tentando ( não exatamente conseguindo ) ser assim:
Bueno!
Acho que hoje teve muita coisa, então, resumão:
1- Incandescente virou Fluorescente compacta
2- Fluorescente compacta tá virando LED
3- A cor da luz não influencia no consumo.
4- Os Watts não são a forma correta de escolher a lâmpada.
5- Eu voltay!
E como vocês estão? Conta pra mim aí nos comentários, não me abandonem.
Depois do final do ano, vamos começar os posts com um chá de hibiscos!
Não esqueçam de procurar eu e patroa diva no Instagram e no Snap: Futilish e Tiolelofoz.
As fotos utilizadas nos posts são coletadas na internet, e só apareceram aqui porque eu gostei, então, parabéns pra você que fez. Respeito muito seu trabalho e os créditos são seus. Se te incomodar a divulgação aqui, mande um email e eu substituo. BêXos.