Gente, foi SUCESSO a nova coluna do Futilish, a Mi Casa, Su Casa! O Lelo escreve maravilhosamente bem e faz da Arquitetura e Design de Interiores ser um assunto super divertido e leve. Fico feliz que tenham gostado, feliz pela excelente receptividade ao nosso novo colaborador e mais feliz ainda que ele vestiu a camisa e cá está novamente com mais um tema super importante para quem está construindo ou reformado sua casinha!
Hoje o Lelo vai falar sobre TINTAS e preparem-se para muito bom humor e sacadas inteligentíssimas (eu soltei altas gargalhadas quando li o post HAHAHA).
“Oi gente! Muito obrigado pelo carinho no primeiro post do Mi casa, su casa! Eu estava realmente empolgado e, com um certo receio de as pessoas me acharem meio abilolado. HAHAHA Como eu disse pra Cony essa semana, em projeto e execução de obra, temos que levar as coisas de uma forma mais descontraída, senão a gente briga.
Mas agora do fundo do meu coração peludo, eu estou muito lisonjeado com a aceitação das fufulétez.
Eu falei pra patroa que neste segundo post eu queria falar de tintas para paredes e que o próximo vai ser X e que neste terceiro post eu vou contar um segredo. E como bom canceriano que sou estou mantendo o segredo e deixando ela (quiçá vocês agora) com coceira de curiosidade.
Então pega a prancheta e #vemkotio que nós vamos entender as diferenças dos tipos de tintas:
Tinta a Óleo
Quando eu era criança pequena lá em Três Coqueiros…
Pausa dramática para as pessoas encontrarem essa vila na geografia do Brasil:
Então, retomando: … quando eu era mini-humano em Three Palm trees… eu sempre ouvia Xuxa 3… digo, falar de tinta óleo, tinta óleo, tipo: “Vamos reformar e usar tinta óleo.”
Porque tinta óleo?
A tinta óleo tem acabamento fosco ou brilhante, é altamente lavável, de excelente acabamento, tem uma durabilidade enorme e pode ser utilizada tanto para o interior quanto exterior do imóvel. Como sua base é com óleos, ela tem um certo poder de impermeabilização… De leve tá? Não dá pra usar para construir uma piscina. É muito utilizada em paredes de alvenaria, gesso madeira e ferro.
Posso falar? Então, eu acho ela uma coisa meio… gosmenta, não sei eu olho para a parede e tenho impressão de que foi pintada com giz de cera. Me dá uma certa agonia e eu catalogo o efeito dela – tanto no fosco quanto no brilhante como: pobre.
Tinta Esmalte
A tinta esmalte já tem uma irmã rica! Pois ela pode ser comum ou siliconada, sintética. Tipo uma tinta que fez cirurgia plástica. Ela é indicada para quando se quer um acabamento de qualidade superior. Essas tintas supremas devem ser diluídas em aguarrás caso seja comum e as novas, que são sintéticas podem ser diluídas em água.
O detalhe dessa tinta é que, como todo produto de frescura, qualidade superior, ela tem uma série de particularidades:
- Cheiro forte;
- Secagem lenta;
- Excelente resistência à luz (incidência solar);
- Resistência à chuva;
- Mão de obra especializada.
Devido estes detalhes próprios, acaba que na maior parte do tempo limitamos a especificação da tinta esmalte para uso em madeiras, metais e sobre azulejos.
Epóxi
Diz a lenda que essa tinta é quase a cura do câncer. Mas antes de eu fornecer minha opinião vamos aos detalhes da Épókiceee:
Mega resistente à chuva e ao sol, também não é facilmente danificada por produtos químicos. Impreterivelmente deve ser aplicada por mão de obra profissional. Ela tem propriedades de impermeabilização, e é resistente ao atrito – pode dar uns pega no seu amô – contra a parede sem medo.
Comumente empregada sobre azulejos, ela é a salvação dos banheiros vintage porque né, ninguém quer ficar nu com a mão no bolso, ou relaxar num trono que tem décadas de uso. Então essa tinta cria uma falsa impressão de que a coisa toda é novinha.
Tem sido muito usada em pisos comerciais e garagens.
Eu, particularmente, nunca vi uma tinta epóxi que não tenha vindo a óbito depois de um ano. Sério gente, solta o canto, cria bolha, dá varizes, um terror. Sabe aquela brincadeira de passar cola branca na mão e depois ir movimentando pra descolar do jeito mais improvável… esse é o comportamento dessa tinta. Só que a parede não mexe… ou não deveria pelo menos.
Tinta latex, ou PVA.
Se a luva de látex, pode te proteger da louça suja da casa da sogra você já deve imaginar que maravilha ela deve ser pra sua parede né?
Só que não. Apesar do látex proteger nosso corpinho até de DSTs, não é dessa composição que estamos falando. Essa tinta tem um valor muito atrativo, mas a durabilidade não é das maiores e, apesar de ser de rápida e fácil aplicação, a manutenção é bem delicada. Não pode ser lavada, nem limpa com produtos químicos. A frequência de limpeza deve ser baixa e apenas feita com pano úmido. Não pode ser usada em exteriores.
Solúvel em água, de acabamento fosco e aveludado, pode ser aplicada sobre paredes e outras superfícies, dentre elas gesso, fibrocimento e reboco.
Eu guardei minha queridinha para o final.
Tinta acrílica
A tinta acrílica oferece um alto padrão de acabamento. Pode ser usada em ambientes internos ou externos. Essa querida, tem um caminhão de vantagens: diluem-se e limpam-se com água, são altamente laváveis, pouco cheiro, secam rápido, e de aplicação facílima.
E eu digo isso orgulhosamente, porque a pessoa besta aqui resolveu pintar uma parede e estava tão afobado que não leu o #modusoperanti e tacou tinta na parede… Tinha umas gosmas, umas coisas estranhas…
Rendeu tão pouco no final… Daí quando eu acabei descobri que eu deveria ter diluído a tinta. Hahahahhahaahahahah muito bocó que eu sou gente! Usei a tinta grossa ser diluir dava pra triplicar os 900ml.
As tintas acrílicas tem uma extensa lista de possibilidades de acabamentos: brilho, semi brilho, fosco, acetinado… E efeitos como linho, mármore, camurça…
O fosco é meu preferido, mas para cores escuras ele é meio chatinho de limpar, tem que limpar a parede inteira senão fica perceptível o local onde “passou-se um paninho” ou seja: não dá pra fazer uma limpeza só em um pedaço.
A tinta acrílica produzida à base de resinas acrílicas e foi criada para uso externo, e ela dificilmente amarela e tem uma certa propriedade impermeabilizante, então tem sido usada em banheiros e cozinhas comumente hoje em dia.
O blá blá blá de hoje foi mais chatinho, mas as diferenças entre as tintas nem sempre são esclarecidas o pintor apenas pede o que ele gosta de usar e o cliente compra. Os vendedores sempre te sugerem a mais cara, ou a que está pagando uma melhor comissão. Então é importante saber um pouquinho. Na dúvida, vai na tinta acrílica, ela seria como a calça jeans de uma produção – segura, de bom gosto e resistente.
Na verdade eu queria falar de PAREDES, mas se fosse esmiuçar isso, escreveria o novo-testamento de novo, teria que separar em livros, capítulos e versículos… então resolvi começar pelo que é mais comum.
Deixem suas sugestões que eu já estou preparando as respostas dos comentários anteriores.
#bença!
- Tem como não amar? Adorei o post e com certeza será de muita valia para mim e para quem mais estiver passando por esse processo chatinho de obra. Até mesmo quem não tiver nada a ver com isso, por enquanto, deve salvar bem este post, certeza que em algum momento da vida será necessário.
- E quem perdeu o primeiro Mi Casa, Su Casa, aqui está o LINK para se atualizar. Curtiu o trabalho do Lelo e quer fazer sua obra com bom humor e alto astral, além de muito bom gosto? Segue o email de contato azuosexclusive@gmail.com.