Futilish

Mi Casa, Su Casa – Papel de Parede!

Bom diaaaaa! Hoje é dia do Lelo alegrar nosso sábado com suas dicas e informações super instrutivas e bem humoradas sobre decoração e arquitetura! O tema de hoje é: PAPEL DE PAREDE!

¨Então Fufushas! (E os leitores hombres también!)

Aos poucos eu vou perdendo a vergonha de parecer nojento soberbo, e vou falando um pouquinho mais.

Eu tive o privilégio de conhecer gente boa (elegante e sincera) no meu caminho, uma colega na faculdade de arquitetura que me conseguiu uma entrevista de emprego, onde eu estou faz quase sete anos trabalhando com interiores. Nesse período, pra quem achava que sabia sobre decoração, eu descobri que ainda estou engatinhando. Sou apenas um bocó com acesso a fornecedores e detalhes técnicos. Aprendi sobre mobiliário, principalmente residencial, depois corporativo e nesta última semana de maio estarei em SP dando bafão e fervendo horrores, em treinamento na área de mobiliário hospitalar. Dentre tantas coisas, como tapetes, painéis, cortinas, tecidos…

HEY essa introdução já tá muito longa e eu nem ofereci um Chai pras bonitas:

PLIM PLIM!

Então, entre as coisas que eu pude conhecer, está nosso tema de hoje: Papéis de parede.

Essa é uma das maneiras mais rápidas e práticas de tornar um ambiente de ordinário em pornografia de viver, maravilhosidade. Não é por acaso que tem coleções de papel de parede da Versace e da Porsche, dentre muitas outras possibilidades:

Entretanto, contudo e não obstante, também não é necessariamente uma forma barata. Existem materiais de R$ 100,00 até o infinito e além. Eu conheço uns de R$ 18.000,00. Como tudo nessa vida existem as mais diversas opções, marcas AND, qualidade.

Eu me dei ao trabalho de jogar no google a busca “tipos de papel de parede” não vou falar do nível de imbecilidade de quem escreve matérias descrevendo estilos de desenho como “tipo de papel”.

Pausa pra desabafo de ódio:

Qualquer retardado sabe que um papel que tem flores é floral, que tem bolinhas e quadrados é geométrico… Sério, eu fico irado com desse tipo de desserviço à humanidade. Porque não vão doar sangue, pentear macaco, embalar criança no centro de nutrição…. dar o @ pra galinha bicar, mas não, esse povo prefere publicar coisas idiotas na internet.

Ok, Smurf Odioso pode sair do meu corpo.

Então vamos falar de coisa boa, vamos falar do que realmente interessa pra você não comprar um produto vagabundo que é o que mais tem no mercado. Eu não vou falar que papel de X lugar é ruim, pois mesmo alguns papéis daqueles lugares que a gente costuma dizer que nada presta, tem alguns que prestam sim.

Existem papéis com base de papel (dã!), nonwoven, papéis com tecido/pedras/cristais e os vinílicos.

Papel com base de papel é bem comum da indústria brasileira, é aquele papel que muitas vezes parece embrulho de presente (pobrin), e que quase via de regra é delaminável. Tá, você não tem obrigação a saber o que é isso, mas #vemkotio que eu explico: Quando um papel é delaminável, ele é filho do coisa ruim um produto que EU vejo  como desvantagem ele ser chato de remover. Você já deve ter visto em algum programa de TV as pessoas tirando papel de parede, ou demolindo algo e a parede ficando com aquele resto de saco de pão colado. É essa praga aí. E pra soltar aquilo, você tem que molhar, raspar, puxar os cantos, fazer a dança da descolagem, quer saber, manda a sogra fazer isso. #fikdik

Papéis Nonwoven são eco friendly, pois são formado por longas fibras naturais e sintéticas, que  permitem uma melhor “transpiração/respiração” da parede, evitando mofo, trevas e coisa e tal. É o mesmo material que se faz o filtro de café, saquinhos de chá, e se tem café no meio, é coisa linda e paradisíaca.

MAYDAY! AGORA para tudo que você tá fazendo e tatua essa informação no braço: (especialmente quem tá no aluguel : Papéis nonwoven podem ser retirados e reaplicados três vezes! Ou seja, hoje cola aqui, daqui um ano você muda e leva ele pra casa nova, e dá pra fazer isso mais uma vez ainda! Desde que utilize a cola própria, né.

Papéis com tecido / pedras / cristais os que tem a textura de tecido, geralmente são de veludo/camurça/seda e são um desbunde, não são ricos, são multimilionários, vamos catalogar eles como sheiks de Dubai. Os com pedras, tipo as famosas Micas ou os papéis com cristais incrustrados são über-especiais. Os que tem  gramatura alta, precisam de aplicação com cola sintética, e por-amor-a-qualquer-que-seja-a-entidade-que-você-acredite, das salamandras de jardim até Deus, não tente aplicar isso all by yourself. Contrate um instalador com boas referências.

Vinílicos, estes, geralmente, são os escováveis eles tem um acabamento meio plástico, meio emborrachado, e tem muitos efeitos de relevo e texturas. Grande parte dos papéis oriundos da Ásia são desse tipo. Eles não são melhores nem piores, mas são bem resistentes.

Mas pra não comprar gato por lebre, vocês que entender algumas coisas. Esse selo, é utilizado meio que como padrão mundial, está geralmente expresso atrás da folha do book onde escolhemos o produto:

As duas primeiras linhas explicam a durabilidade, e a “resistência” do papel. Mas vou ser sincero as três ondinhas que indicam que o produto é lavável, ou o outro que tem a escovinha que indica que ele é escovável, não quer dizer que você pode chegar toda trabalhada no Bombril ariando o papel de parede, ou como um amigo meu bem louco que lava as paredes com a VAP, eu tenho algo pra dizer: NÃO, NÃO e NÃO!

Lembra que os europeus mais antigos não costumavam a tomar muitos banhos? Considere teu papel de parede um europeu desse tempo. Você pode sim, passar um paninho úmido, quem sabe uma esponjinha “do lado amarelo” e tirar uma mancha. Mas baby, 90% dos papéis são fixados com cola a base de água, e se molhar muito, ele vai pular da sua parede e você vai pro próximo baile à fantasia de múmia vinílica.

Quanto ao solzinho, é interessante caso o local onde você vai colocar seu papel tenha muita incidência solar ele pode desbotar… Porque né a gente mora numa país que o sol não tem dó da gente.

Aqui tem coisas interessantes, como vocês podem notar, esses selos indicam o papel ser: desprendível (e gente, esse é o papel pra quem mora num imóvel alugado. Quando você retira ele a parede fica perfeitinha de volta, não sobra o saco de pão na parede, HAHAHAHA), delaminável (é aquela desgraceira que eu expliquei acima) e os dois próximos, indicam  como o papel deve ser afixado na parede. Em alguns a pessoa passa a cola na parede, outros já vem com a cola nas costas do papel… isso é importante caso seja um projeto Do It Yourself, (DIY) ou seja, faça você mesmo, pois isso facilita a “obra” os papéis que já vem com cola precisam apenas que você borrife (aqueles borrifadores de cabelereiro servem) lindamente sua água Evian nas costas do rolo, e aplique. Quer moleza maior que essa? #sentanopudim. A maioria dos papéis mesmo você tem q preparar a cola, aplicar no papel e depois na parede. Depois eles falam dos papéis que tem relevo e a etiquetinha no fim da segunda linha quer dizer que existe tecido coordenado. Não necessariamente disponível em nossas terras tupiniquins, então não surta miga.

Aqui, a primeira linha, indica se o desenho tem encontro, se ele é um papel que tem que alinhas, ou se o desenho é desencontrado. Eles complementam a última linha.

Essa última linha tem os selos que mostram se é pra instalar em sequência ou subindo e descendo. Eu não sabia desse detalhe e tive reclamação de uma cliente porque os encontros do desenho estavam estranhos. E é uma coisa estranha mesmo, não é um defeito, não é feio, mas é esquisito. É tipo quando você para de tirar a cutícula e começa a apenas empurrar… parece que tem algo que não tá direito… A última informação é de quantos em quantos centímetros o desenho se encaixa, e isso causa “perdas” então, quanto maior esse número, mais material vc vai perder.

Querem ver como é a legenda no book? ÓIA:

Então esse papel é: Muito resistente à incidência solar, lavável, desprendível, pode ser usado como uma faixa única ou com encaixe de desenho a cada 32/64 centímetros. Viram que fica fácil? Só levou 1268 palavras.

Claro que, hoje tem até papel de parede com LED que acende e forma desenhos, mas isso é uma situação ainda pouco comum, então vamos nos manter nos limites da grande maioria.

Agora vocês vão compreender o papel e ter bons resultados. É como maquiagem, se o produto não for adequado para o efeito que você deseja, vai ficar uma bosta porcaria.

Eu acho que vale a pena comprar numa loja que já entregue com a instalação, ou pegar com eles o contato de um instalador.

Independente disso, eu peço atenção na hora da compra para o armazenamento dos papéis (e mesmo para o caso de você guardar o rolo um tempo em casa). Os rolos devem ser mantidos na horizontal (deitadinhos) pois, se deixamos ele de pé eles podem amassar as bordas e na hora de instalar o encontro ficar todo cagado estragado.

Outro tema é o tamanho. Tem papel vendido de várias formatos, os mais comuns são: por metro linear, por rolo com 5m2, rolo com 15m2… Os tamanhos mudam conforme os fabricantes. O ideal é calcular entre 10% a mais para papéis sem encontro de desenho e pelo menos 20% pra desenhos pequenos.

Se for uma parede com janelas, portas, nichos, enfim, muito recorte, vai haver mais perdas.

Agora vamos ver uns ambientes com papel de parede do bem?

E por fim pessoas lindas, eu quero agradecer a Mari de Mori, que é gerente comercial (além de linda, loura, simpática e inteligente) da importadora de papéis de parede com quem eu trabalho que reviu os detalhes dos aspectos dos papéis de parede pra garantir que não saísse nenhuma asneira no post.

Eu espero não ter entediado vocês. Sempre acho que a coisa ficou longa demais, que vocês vão tricotar um suéter, bater um bolo e depilar uma virilha com pinça no tempo de ler tudo que eu falo.

PS: (O email de contato do Lelo para quem tiver dúvidas, informações, elogios, elogios, elogios – hahaha isso é por minha parte, ele merece 🙂 – é azuoexclusive@gmail.com!)

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