E agora em diferentes versões! Bom para dar uma variada né? Vamos começar com o email da Márcia?
“Olá, Cony! (… tirei algumas partes do email)
Eu casei muito novinha. Porque quis mesmo. Fiquei casada cinco anos. Mas chegou um momento que aquela vida pacata estava me matando! Acordei e pensei “Que raios estou fazendo da minha vida???”- Me separei. rs
Mas, assim como casei novinha demais, me separei novinha demais também. Não tinha condições de me manter sem ajuda e acabei voltando para a casa dos meus pais. Ok, confesso que sou um tanto mimada pela minha família, o que possibilitou que eu voltasse. Acontece que hoje já estou com 33 anos, prestes a completar os 34. Minha condição financeira melhorou, me sinto profissionalmente estabilizada, claro que tenho objetivos a alcançar ainda, mas estou bem mais estabilizada profissionalmente. Aos 33 anos, não me sinto mais nem um pouco à vontade na casa dos meus pais e resolvi morar sozinha. Estou organizando as coisas para ir para meu apartamento no segundo semestre. Pronto! Isso já está mais que resolvido. rs
Acontece que, como mulher, tenho alguns medos. Busquei em sites e em blogs mulheres que compartilhassem sua experiência em morar sozinhas, pois eu acho que existe uma certa diferença entre um homem morando sozinho e uma mulher. Quando vejo posts sobre o assunto, as preocupações sempre são: Quem vai limpar a casa, quem vai cuidar da roupa, quem vai fazer a comida, quem vai cuidar das despesas. Minha preocupação é outra, até porque fui casada e já fiz tudo isso. rs
Minha preocupação é com relação à segurança. Me preocupa o fato de eu ser uma mulher e estar sozinha em um apartamento, chegando sozinha à noite, essas coisas.
Ninguém nunca fala nesse aspecto. Então, isso tem me deixado insegura. Amedrontada, na verdade. rsGostaria saber de você e de suas leitoras, se vocês têm experiências desse tipo e se podem me ajudar com dicas ou experiências com relação à segurança, pois mulher sempre é mais frágil neste assunto. =/ Um grande abraço”
Muito boa sua dúvida Márcia! Eu vou contar o que eu geralmente faço, já que moro praticamente sozinha, às vezes conto com a visita de algum familiar, mas a maior parte do tempo, sou só eu mesma. Acho que a parte mais perigosa é voltar pra casa a noite. Se estou de carro, olho BEM o movimento, vejo se tem alguém estranho por perto. Se tiver, não paro o carro. Dou voltas no quarteirão até me sentir segura. Tento abrir o portão da garagem assim que avisto ele e não tem ninguém estranho por perto. E assim que o carro passa, fecho o portão. Claro que estou falando de portão automático, acho que nem cogito a possibilidade de descer do carro para abrir a garagem! Se no seu prédio não tiver isso, considere morar em outro lugar. Sério. Já se alguém estiver te levando em casa, peça para esperar até você entrar. Cortinas fechadas, os vizinhos podem ver sua rotina e saber que mora sozinha. Nunca conte que mora 100% sozinha, diga sempre que tem um amigo, irmão, ou qualquer pessoa em casa. Eu não atendo telefone fixo à noite. Pode ser cisma minha, mas se for alguém conhecido ou urgente, vai me ligar no celular. Deixe sempre uma cópia da chave com alguém de confiança: você pode esquecer uma janela aberta, algo no forno, perder a sua chave, passar mal a noite e ter que pedir ajuda, enfim, sempre é bom que alguém confiável tenha acesso à sua casa. Não dê o endereço da sua casa para estranhos. Use uma caixa postal ou dê o endereço de algum parente. Não poste seu dia a dia em redes sociais (nossa, faço tudo o que não deve ser feito rs), não conte que vai viajar, não fale que está fora de casa, se o fizer, deixe claro que tem alguém em casa. Trancas com segurança, olho mágico, alarme, tudo é válido. Se estiver cismada, não abra a porta em horários que considerar tarde ou quando não estiver esperando alguém. Pediu pizza? Pegue na portaria. Não deixe o motoboy subir. E pode parecer loucura, mas eu dormia com um taco de beisebol ao lado da cama rsrs. Quando mudei ele sumiu, mas era uma ótima arma. Ah, e outra loucura minha, fico imaginando rotas de fuga. Tipo, se entrar alguém em minha casa, penso em uma escapatória sem ser a porta principal. Já pulei a varanda na minha imaginação várias vezes kkkk. Eu faço assim, se alguém tiver mais dicas, será ótimo compartilhar!
Agora a Nicole!
Olá Cony, frequento seu blog tem um tempo. Gosto muito do “Chora que eu te escuto”. Sempre pensei em escrever, mas faltava aquele empurrão sabe? Foi aí que eu li um em que você diz que todos os emails recebidos para essa coluna falaram sobre mulheres apaixonadas e na “sofrência”. Senti certa necessidade de te enviar algo. Adoro seus conselhos.
Bom, sou jovem, tenho 20 anos, mas me sinto muito mais adulta do que muitas mulheres que vejo por aí. Nunca tive um relacionamento sério, aqueles de levar em casa, apresentar aos pais e tal. Sempre tive meus “rolos” e nunca vi a necessidade de ter alguém sério.
Moro com meus pais, faço faculdade, trabalho, pago minhas contas. Sou até certo ponto independente. O que acontece é que de uns tempos pra cá, comecei a sentir uma certa pressão por parte da minha família e amigos. Dizem que to ficando velha, que preciso “desencalhar”. Acontece que eu não sinto essa necessidade, quero terminar minha faculdade e meu curso de inglês, viajar, estudar fora e depois me dedicar a encontrar alguém, pois como toda mulher sonho em casar, ter a minha família, meus filhos, porém, no momento me sinto completa e sinto que tenho muita vida pela frente e preciso cuidar de mim em primeiro lugar.
Queria saber de você e suas leitoras se eu estou (como muitas pessoas me falam) perdendo tempo, ou deixando de ser feliz com alguém. Só pra terminar, tenho 1,80, peso 60 kg, sou morena, cabelo liso hahaha adoro cuidar de mim e me sentir bonita. EU ME AMO e pretendo ser uma publicitária de muito sucesso. Adoro o fufu e me inspiro muito, amo uma oncinha e quando encontro uma onça rica enlouqueço! Beijinhos Ni.
Tá querendo confete né? hahaha. SÓ VOCÊ sabe a hora certa para as coisas acontecerem em sua vida. Se você não está a fim de namorar e tem outras prioridades no momento, pronto! Fazer o que os outros esperam de você, gera frustração e infelicidade. Quando alguém te falar algo, conte seus objetivos mesmo, fale que ainda não quer se prender num relacionamento pois tem outros objetivos.
E para terminar, a Janaína.
O meu “chora” não é bem um “chora” porque não estou jogada na cama de tristeza pelos fatos, mas é uma situação um pouco chata.
Estudei muito para um estágio muito concorrido, fiz uma prova super difícil, e consegui ser aprovada. Fiquei muito feliz e estava super empolgada para começar. Soube por uma colega minha que antes de eu começar algumas pessoas estavam olhando minhas redes sociais e comentando que eu era bonita. Até aí, nada demais, fico muito lisonjeada.
Logo quando entrei fui muito bem recebida, por exceção de uma pessoa….minha sub-chefe. Desde o começo senti uma frieza da parte dela, mas imaginei que poderia ser apenas a personalidade dela, ter um jeito mais fechado, enfim….não imaginei que fosse pessoal. Mas com o passar do tempo comecei a perceber que ela conversava diversas vezes de maneira descontraída com outras pessoas, mas quando eu tecia algum comentário, ou fazia uma gentileza, ela simplesmente me ignorava ou respondia com indiferença.
Comecei a notar alguns olhares tortos para a forma como eu me visto. Não me visto mal, juro! até porque gosto de estar sempre arrumadinha, com uma roupa simples, mas que sempre tenha um detalhe diferente. Um pouquinho de blush, rímel e batom. Mas isso é algo da minha personalidade, eu sempre fui muito vaidosa. Cheguei ao ponto de ficar com vergonha de usar até vestidinhos bem comportados, com medo que gere algum tipo de comentário.
Quando eu chego eu digo ” Bom dia” ou “Até amanhã” quando estou saindo, e em algumas vezes ela nem responde, em outras responde quase se arrastando, com má vontade. Eu tento entrar em alguma conversa descontraída com ela, mas geralmente quando eu puxo o assunto ela não dá muita trela ou ignora mesmo.
Nunca passei por uma situação dessas Cony, e de verdade, eu não acho que ela seja má pessoa, mas também não entendo essa antipatia gratuita e acho a situação bem chata, porque fico muito insegura sobre como agir com ela. Fico sem graça até de tirar alguma dúvida profissional, pois não sinto abertura. Tenho medo que ela possa estar passando essa ideia errada sobre mim para outras pessoas, e que a longo prazo isso venha a afetar meu relacionamento com outras pessoas no estágio.
E aí? o que eu faço? Estou muito perdida sobre como agir nessa situação.
Mulher é um bicho complicaaaaado! Mas me conta, alguém mais já reparou esse tratamento diferente que a sua sub chefe tem com você? Será que não é coisa da sua cabeça? Se outras pessoas concordarem com você, há grandes chances de ser inveja (e como odeio chegar a essa conclusão…). Por isso disse que mulher é complicado. Já tive amigas que passaram por essa situação, inclusive mais grave, com difamação e tal. Tente conversar com ela, numa boa, fale que sente um clima estranho entre vocês duas, pergunte se fez algo errado, que gostaria de ser uma boa colega… enfim, bem humildezinha mesmo. Se isso não der abertura, releve. Mas se ela começar a te prejudicar (como aconteceu com uma amiga minha), fale com seu superior!
- Fica bacana assim, com assuntos diversos né? Claro que vez ou outra aparecerá algum caso cabeludo sobre relacionamentos por aqui, desde que não seja aquela historinha de sempre… No mais, to curiosa com as dicas de segurança para mulheres que moram sozinhas!