Hoje não teremos Dica da Leitora por motivos de: falta de dicas. Recebi poucas esta semana então vamos acumular tá?
O que tô tentando ¨desacumular¨ são os Choras que tenho guardados. Hoje teremos três casos. Gostei de uma sugestão que recebi de fazer 2 Choras e 1 Sorria por post para não nos deixar tão desanimadas da vida kkkk. Faz todo sentido.
Vamos primeiro com a Jussara
Cony, nunca vi uma história parecida com a minha na coluna e te entendo se não for publicada.
Nunca tive nenhum relacionamento ou amizade fora a minha mãe e a minha vó. A minha história começa quando eu tinha 11 anos (hoje, tenho 20). Nessa época, minha mãe foi diagnosticada com uma síndrome terrível, que no decorrer dos anos levou também sua mobilidade e independência, pois a síndrome levou a uma trombose na perna direita, que teve que ser amputada. Meu núcleo familiar se resumia a minha mãe, minha vó materna e meu pai (que mora em outro estado e tem outra família, logo, se esqueceu de mim.)
Nessa época, foi um fuzuê, o sofrimento da minha mãe, a mudança para a capital para buscar melhor tratamento, o distanciamento dos meus amigos do interior, e a minha mudança de menina pra mulher num momento onde tudo estava caindo aos meus pés. Mudei de escola, sofri muito bullying, por meu jeito de ser fisicamente e pelo meu sotaque. Logo os hormônios começaram a agir e eu não entendia por que de um dia pro outro os homens me olhavam de forma estranha. Caí nas garras de um pedófilo, por que nunca pensei que um professor pudesse ter malícia e eu ainda tinha aquela cabeça de menina do interior. Me vi pulando refeições, e usando roupas largas para me esconder.
Enfim, muito se passou. Hoje, fazem dois anos e 3 meses que minha avó perdeu a luta pro câncer pancreático. Hoje, fazem 8 meses que minha única amiga verdadeira, minha fortaleza, meu tudo se foi. Minha mãe faleceu durante o sono no último dia das mães, de 2014.
Me encontro vazia, incompleta, inconsolável. Mas, por favor, não pense que eu me deixei cair. Continuei meus estudos, meus treinos na academia e entrei na sala de cirurgia sozinha para colocar silicone.
Mas meu maior tormento é o abandono familiar. Sou do ramo jurídico e sei que em casos de menor idade, isso é cabível de sanção. Porém, no meu caso é só cabível de sofrimento mesmo.
Sou uma garota de 20 anos, sem contato familiar algum, e me sinto num beco sem saída. O que fazer?
Jussara DO CÉU! Vem aqui pra casa agora rs. Menina, que difícil, quantas coisas pesadas! Olha, a única coisa que posso te aconselhar é se rodear de amigos. Muitos muitos muitos, daí você vê com quem tem mais afinidade e escolhe seus melhores amigos, aqueles que estarão com você em qualquer momento. É trabalho de formiguinha, aos poucos, seja simpática, não conte suas tristezas (num primeiro momento as pessoas podem não entender tamanha carência, tamanha carga que você passou, as experiências difíceis em sua infância, e se assustar e se afastar), ouça mais do que fale e conquiste pessoas. E fico muito feliz que não tenha deixado a tristeza te derrubar. Continue forte, busque pessoas para te acompanhar mas com cuidado para não se apegar muito. Acredito que terapia também te fará bem. E talvez, porque não procurar seu pai??? Será que ele se esqueceu de você mesmo??? Pense nisso. Boa sorte!
Chora Naiara…
Olá Cony, meu drama é difícil.
Sou casada há 5 anos e tenho uma filha. Amo meu marido. Em 2012 tive um caso com meu chefe da época. Nos apaixonamos. Mas como trabalhávamos juntos, a coisa não foi bem. Tanto eu quanto ele temos personalidades difícies. Formou-se uma confusão imensa e acabei sendo transferida para outra Unidade da empresa onde trabalho, para bem longe da minha casa. Mas meu marido nunca soube de nada.
Acontece que o caso acabou mas eu ainda penso nele sempre. E ele diz que também pensa em mim mas que seria um erro reatarmos. Já fui na porta da casa dele e ele me rejeitou, disse que não faria isso com o coração dele, disse que comigo ele fica desequilibrado. Porém ele sempre diz que sente saudades, pensa muito em mim e nunca me esqueceu.
E eu, não sinto mais atração sexual pelo meu marido, só penso nele, só desejo ele, não consigo esquecê-lo.
Mas também não quero me separar porque tenho um casamento estável, e minha filha é especial e precisa dos pais juntos. Esse ano ela vai fazer uma cirurgia.
Eu amo meu marido como amigo, tenho ele como um irmão.
Todos os dias eu penso nesse meu ex chefe, e ele diz que também sente o mesmo, mas tenta me esquecer, ele diz que eu mexo demais com ele, que pensa muito em mim, mas sabe que não pode se permitir a isso, que tem sempre o depois, que a cabeça dele ficará confusa novamente, que ele ficará ainda mais apaixonado e não vai poder me ter. E ele tem razão né?
Mas eu não consigo esquecê-lo de jeito nenhum e sofro com isso.
Bela sacanagem com seu marido hein Dona Naiara??? Não apoio em NADA seu comportamento e atitude. Uma mulher casada, mãe, indo na casa do amante, sendo rejeitada e ainda pensando nele???? Se está apaixonada por outro e não sente nada pelo seu marido, separe-se logo. O que você está fazendo não é nada legal e eu, que sou uma pessoa que acredita muito que tudo tem volta, fico preocupada com o que o futuro possa ter guardado para você. Não faça isso com seu marido, não abuse do ¨casamento estável¨ e nem se apoie na condição especial de sua filha. Se você quer o bem da sua família, viva para ela e por ela, e não foque seus sentimentos em alguém que fala milhões de coisas que você quer ouvir mas que não está com você, não é seu companheiro e muito menos retribui seu sentimento. Falar, até papagaio fala. Seja mulher e assuma seus atos e vontades antes que a conta venha alta demais. Fiquei chateada.
Agora um Sorria! Com a Melissa!
Fui casada por 6 anos…durante os primeiros anos foi ótimo até que as coisas começaram a mudar, nós amadurecemos (nos casamos mto novos) crescemos profissionalmente, mudamos de cidade, os propósitos mudaram, os ideais e nossa rotina também, ele começou a me tratar mal…e eu não concordava muito com algumas atitudes, mas ao mesmo tempo, achava que seria passageiro… fomos nos afastando cada vez mais, e mais…Tive que ir para minha cidade por um problema familiar e ficamos algumas semanas afastados …nos primeiros dias foi ruim, mas passados 10 dias já não tinha muita paciência de conversar com ele…Todas as vezes q conversávamos tinha um ponto de atrito e não falar com ele me dava PAZ…Essa viagem foi um marco, pois me fez analisar de fora o relacionamento que eu estava vivendo, não éramos mais os mesmos…nessa altura eu tinha 26 anos…Quando voltei, conversamos muito e tentamos por longos meses colocar as coisas nos eixos…muitas mudanças tinham acontecido, tinhamos que dar um tempo para que as coisas se encaixassem, e demos… mas não demorou muito para que as atitudes dele me fizessem falar em divórcio…ele, apesar de dar todos os sinais que não estava feliz tb, não aceitava, era contra e dizia sempre que não podíamos desistir, que era fase e ia passar…e eu, com todo o contexto envolvido, famílias, era tudo tão difícil de administrar mentalmente, que eu deixava no piloto automático…Passados alguns meses, uma amiga vendo o comportamento dele, me perguntou se já tinha desconfiado que ele pudesse me trair…eu confessei que já tinha pensado, mas não acreditava que fosse possível….até que, com a ajuda dela, consegui pegá-lo num motel com uma colega de trabalho dele!!! Sim, eu a conhecia, sim, foi horrível….
A única pergunta que conseguia me fazer era: Meu Deus, se era outra, pq ele não aceitava o divórcio e acabava com essa palhaçada?! Eu sofria muuuito com nossas brigas diárias!!! À partir daquele momento, o sofrimento acabou…
Ao invés de chorar, morrer, me sentir a abandonada, largada, traída eu me considero uma sortuda!!! Pq se não fosse a traição (e o fato de ter visto), o ciclo não teria um fim e talvez eu tivesse ficado outros anos no automático…Pra piorar (ou melhorar) descobri tantas coisas, várias traições, até com conhecidas minhas ele já teve caso (O pior pesadelo de qualquer mulher)!!! Tem como um casamento dar certo assim? Não dá….e meu sexto sentido já tentava me contar isso desde aquela viagem…
No começo foi difícil pq era muita coisa para administrar…as famílias, mudança, bens, emprego novo, divórcio, novas rotinas…mas passado isso, me joguei na vida de solteira, sai com pessoas que não via há anos, conheci gente p cacete, morei em outro país, viajei o mundo inteiro!!!! E tive muito o apoio e amor da minha família!!!
Rodei, rodei, rodei e pouco tempo depois, encontrei meu grande amor, em uma balada!!! Lugar improvável, momento mais ainda!!!! Estamos juntos há 2 anos e vamos nos casar este ano!!! Me sinto plena, realizada, encontrei nele exatamente o que eu espero de um relacionamento: companheirismo, RESPEITO, amor, serenidade e o escolho todos os dias pelos mais diversos (e lindos) motivos…temos nossas diferenças, claro, mas com toda essa experiência veio o amadurecimento, uma plenitude inexplicável e que eu rezo e agradeço todos os dias por ter tirado tanta coisa boa, de momentos tão difíceis!!! E cada vez mais, tenho a certeza que a nossa felicidade está dentro da gente, só a gente pode escolher ser feliz, ou se vitimizar e sofrer com determinadas situações…eu escolho ser feliz todos os dias e todo mundo que se ama, deveria escolher também!!! 😉
Muito importante essa questão do círculo vicioso. Eu já passei por isso e sei bem que quando um relacionamento não está dando certo, que mesmo após a tentativas nada muda, tem que acabar sim. Sorte sua que descobriu a traição mesmo! Há males que vem para bem e a gente não tem que ter medo de ficar sozinha ou de começar tudo de novo! Quem bom que está bem e felicidades no novo casamento!
- Continuo muito irritada com o caso da Naiara… Mas fazer o quê né? As vezes a pessoa não consegue enxergar o estrago que está fazendo em sua família e na própria vida. Envio de emails CONTINUA SUSPENSO. Vamos com calma…
- Ainda chateada.