Meninas, vou pedir nova pausa nos emails ok? Hoje fui dar uma olhada e quase caí pra trás! Muitos problemas, muitos desabafos (alguns beeeem cabeludos por sinal), muita gente precisando ouvir conselhos, mas muita calma nessa hora. Vamos lá:
1 – Alessandra
“Cony, meu nome é Alessandra e eu acho que sou invisível rsrs!!! Tenho 23 anos e até hoje beijei na boca de duas pessoas diferentes (sim, acredite!) e nem foram relacionamentos tão duradouros. Vou te falar um pouco sobre mim: eu fui evangélica boa parte da minha vida, hoje não frequento mais, mas isso influenciou muito na minha forma de levar a vida. Aprendi a não gostar de festas, baladas, esses lugares muito barulhentos, não sei dançar (sou a pessoa mais dura do mundo!!!), não bebo, etc (podem falar que sou careta! rsrs). Sou bem tímida e reservada e tbm não sou de falar pelos cotovelos. Sabe aquela história que todo mundo fala que se vc esperar pela pessoa certa ela vai aparecer?? Esse é o problema, não aparece ninguém!!! (nem os errados, só pra diversão!) Já falei isso pra algumas pessoas, mas elas não acreditam, mas juro que é verdade. De vez em qd rola uns olhares com alguém, mas não passa disso. No trabalho não rola nd tbm. Até o tinder eu baixei e mesmo assim nd de concreto acontece, tomo iniciativa e falo oi primeiro, mas os caras lá falam oi, td bem, onde mora, qts anos e… somem! Eu sei que o primeiro conselho que vcs vão dar é pra sair, conhecer gente nova, mas me falta companhia, sabe? Meu círculo de amizades é relativamente pequeno, os que namoram ou são casados não rola de ficar saindo, não é legal ficar segurando vela, outros que são evangélicos que só saem pra comer, nada que renda que alguma coisa. E sempre que saio com meus amigos é mais rever os amigos msm, colocar o papo em dia. O último namorado dizia que eu era incrível, que gostava muito de mim, que a tempos procurava alguém assim pra um relacionamento sério e dois meses depois me traiu com a ex. Sabe, eu sou uma pessoa simpática, inteligente, que ajuda todo mundo, me cuido e eu realmente não sei qual o meu problema. Bem, me sinto muito solitária sabe? Meus fins de semana são regados a chocolate e seriados. Estou a um tempo só e sinto falta de compartilhar a vida com alguém de uma forma mais íntima, sabe? Um namorado mesmo. Bom, era isso. Bjo, adoro o blog.”
Não concordo que tem que ESPERAR pela pessoa certa. Acredito que a pessoa certa vai aparecer sim, mas ficar esperando não vai ajudar em nada. E não pense que vai encontrar alguém na balada, em festas, barzinhos… pode até ser que encontre, mas preste atenção em outros lugares, principalmente! Quando eu fiquei solteira também fiquei perdida, sem amigas pra sair e as que tinha eram todas casadas, ou namoravam e tal. Mesmo assim eu sempre me oferecia para acompanhar, falava que se tivesse até batizado ou aniversário de tia era pra me chamar rs. Se via alguém reclamando de solidão ou querendo sair no Facebook eu corria nas Mensagens e chamava pra ir pra rua, conhecendo bem a pessoa ou não (e fiz lindas amizades assim)! Também mandei mensagem para TODA minha lista de contatos falando que estava solteira, sozinha e queria sair. Foi ótimo, porque o que mais queria era evitar eram finais de semana tristes e vou te falar que foram pouquíssimos os dias que fiquei trancada em casa. Faça algum curso com gente interessante, nada de corte e costura ou bordado, mas cursos de gastronomia, de vinhos, de mergulho, dança de salão (bom que você aprende a dançar!) essas coisas onde conhecemos gente nova e alto astral! E seja mais aberta, puxe papo, se jogue mesmo e não fique com medo de ser rotulada.
2 – Giovana
“Boa tarde Cony! Não vou fugir à regra e reforçar que gosto muito do seu blog, te acho super fashion, original, autêntica e inteligente.
Estou passando por um problema em meu casamento…
Sou casada há sete anos (não temos filhos) e, meu marido sempre foi um príncipe: muito educado, gentil, trabalhador, preocupado com a família…nunca tivemos uma vida sexual super agitada, mas de uns tempos pra cá as coisas estão muito esquisitas! Cony, estamos há mais de um ano sem sexo! E não tem nada de diferente no meu casamento, ele continua atencioso, preocupado comigo, mas nada de sexo! Já pensei a achar que tinha uma amante ou algo do tipo, mas não tem nada que indique isso: nada de mensagens no celular, nada de estranho…já cheguei a segui-lo no trabalho pra ver se tinha alguém em quem ele estivesse interessado, mas…NADA! Devo deixar um adendo de que, minha sogra sempre comenta que meu sogro sempre deixou a desejar nesse quesito também e que, meu cunhado não se relaciona com ninguém há muito tempo! será que os homens dessa família têm algum problema? Será que meu marido é assexuado? Já conversei muitas vezes com ele, e o que ele alega é que está muito cansado por conta do trabalho e tals…
Mas o pior Cony, nem é isso…é que eu sinto falta de ser desejada e, estou interessada em um colega de trabalho…amo meu marido, mas estou muito tentada a ter um pouco de diversão! Esse colega de trabalho tem uma personalidade bem parecida com a do meu esposo, porém ele tem um sex appeal que está me deixando louca! Quando a gente se vê dá pra cortar a tensão sexual com uma faca! Estou desejando outro homem, que também me deseja e só não aconteceu nada (ainda), porque penso muito no meu marido…e agora Cony?”
VISH! Mais de UM ANO sem sexo??? Nada nada nada NADA normal! Putz queria falar muitas coisas mas tenho medo de ser mal interpretada. Se não tem outra mulher na parada, podem ser tantas coisas… E quanto ao desejo pelo seu colega, super entendo. Poxa, esse tempo todo aí criando teia ÓBVIO que isso iria acontecer! Sou completamente contra traição, mas seu caso tá quase me convencendo que existem exceções. Não sei opinar, passo a bola pras leitoras.
Um ano gente. UM ANO!
3 – Sabrina
“Cony boa tarde….
meu caso não é de cunho conjugal, e sim entre pai e filha…a história é um pouco longa, se quiser editá-la, sinta-se a vontade, mas acho importante relatar pra vc entender meus sentimentos….
Meu pai durante toda minha infância foi alcoólatra, daqueles que ficam muito agressivos quando bebem ao ponto dele ser preso por agredir a mim e a meus irmãos. Minha mãe não apanhava, mas muitas vezes não tinha forças pra defender os 3 filhos. Meu irmão mais velho era quem mais apanhava, tentando nos proteger.
Me casei muito cedo, aos 14 anos, conseqüência de um lar totalmente desestruturado pela bebida.
Eu e meu marido passávamos por dificuldades financeiras, meu marido perdeu o emprego e nós com 2 filhos pequenos pra criar, não tivemos outra alternativa a não ser pedir socorro e morar com meus pais.
Houve um incidente comigo que fez minha mãe colocar um ponto final no relacionamento após 25 anos de casamento com muita luta tentando ajudá-lo a largar o vicio. Ele foi morar em outro estado e por conta disso pouco nos falamos ou nos vemos.
Passados alguns anos da separação, meu pai parou de beber por iniciativa própria (o que devastou minha mãe por um bom tempo), ele tentou outros casamentos ( 3 ao todo) que não passaram de 2 anos até que conheceu a mulher com quem ele se relaciona hoje.
Ela cuida bem do meu pai, parece que gosta muito dele. Há 2 anos atrás ele foi com ela até a casa da minha irmã e decidimos nos encontrar pra eu conhecê-la. Eu sou uma pessoa muito direta, um tanto “Saraiva” até… se eu gosto, eu gosto…se não gosto, não finjo pra agradar quem quer que seja. Pois bem, não fiz questão de ser a pessoa mais doce do mundo, mas também não a destratei. Fui eu mesma, sem mascara ou fingimentos. Meus filhos também são assim e não os repreendo.
Minha filha casou, convidei a todos, inclusive meu pai e a mulher, e eles não compareceram. Fiquei muito chateada, mas não posso obrigar ninguém a nada.
Nesses últimos anos, ele passou a freqüentar a casa do meu irmão com certa freqüência (aquele mesmo quem ele por várias vezes espancou até arrancar sangue). Minha cunhada diz ter muita admiração pelo meu pai, por ele ter se reerguido na vida. Talvez até pra provocar minha mãe a quem ela finge gostar, mas apenas tolera. E minha cunhada é totalmente o oposto de mim, lambe, agrada, até mima a pessoa, e pelas costas mete o pau.
E numa dessas visitas ao meu irmão, a mulher do meu pai falou que minha irmã e eu a destratamos, que ela só foi nos conhecer por obrigação e que nunca mais queria me ver, que nunca tinha sido tão mal recebida por alguém.
Nesse meio está minha irmã que passa por uma gestação de alto risco, fica uma pilha de nervos com essa situação ( ela é igual ou pior do que eu no quesito Saraiva). E eu tentando amenizar a situação pra minha irmã não piorar, me remôo por dentro querendo vomitar tudo que me faz mal.
Tem muitos outros fatores que me deixam muito magoada com meu pai, como dar aos filhos da mulher dele (que não são dele) tudo o que não deu a mim e a meus irmãos na nossa infância, nem aos meus filhos na infância deles. Não falo de presentes ou dinheiro nem nada material, digo carinho, afeto, consideração mesmo.
E o comportamento do meu irmão me irrita profundamente, como se tivesse tido uma amnésia e apagado tudo que meu pai fez a ele. Não guardo rancor do meu pai, mas a cicatriz nunca vai ser apagada.
O que devo fazer? Falo tudo que está entalado e corto relações definitivamente? Ou devo apenas ignorá-los? Hoje já evito ao máximo contato com ela e meu pai pra evitar falatórios, mas parece que não está resolvendo muito…”
Conflitos com pai e mãe são os piores do mundo. Conheço muitas pessoas que passaram por situações parecidas e parece um fardo que carregam e que tem que ser resolvido em algum ponto da vida, afinal pai é pai e mãe e mãe, são as pessoas mais sagradas em nossa existência. Eu acredito que uma boa conversa, em bom tom, calma e tranquila porém falando tudo, vai te ajudar a descarregar toda essa mágoa que você tem. Porém, sinto que pela sua saraivice, após a conversa e você se sentir leve, provavelmente colocará um ponto final e se afastará de seu pai e da mulher dele. Sente, converse e siga seu coração quando ao que te fizer melhor. Acho que você já passou por muita coisa quando nova, viu muita coisa ruim e o que está dentro do que você pode resolver, resolva. Uma vez feito isso, tome como missão cumprida.
- Uma moça que quer sair pra vida mas não sabe como, uma mulher que está a um ano sem sexo com o marido, e uma filha que precisa resolver assuntos pendentes com o pai… Novamente, um Chora bem eclético.